Vulnerabilidade social
Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa, a tuberculose é agravada pela determinação social, diretamente ligada à pobreza e exclusão. Isso ocorre devido às condições de saúde e vida a que esses indivíduos estão expostos. De acordo com o Ministério da Saúde, pessoas em situação de rua têm 56 vezes mais chances de adoecer pela enfermidade e são responsáveis por 6,9% dos novos casos.
Formas de tuberculose
A tuberculose afeta prioritariamente os pulmões, mais pode acometer outros órgãos e sistemas, seja pela instauração do bacilo nesses locais ou por complicações ocasionadas pelo diagnóstico tardio. Confira as principais formas da doença:
Pleural: é a forma de tuberculose extrapulmonar mais comum. Acomete a pleura, membrana que recobre os pulmões. Os sintomas incluem também dor torácica unilateral e falta de ar.
Ganglionar: caracteriza-se pelo aumento de linfonodos na região do pescoço. No início, os gânglios têm crescimento lento e são indolores; posteriormente, aumentam de volume e tendem a se agrupar, podendo criar fístulas na pele. As secreções são contagiosas e podem transmitir a doença.
Óssea: esse tipo costuma envolver a coluna vertebral e causa, progressivamente, a destruição das vértebras. A situação pode piorar quando a medula é acometida, o que gera dor intensa e alteração neurológicas, que podem incluir até mesmo a paralisia de membros.
Urinária: tem sintomas similares à infecção urinária, porém sem resposta a antibióticos. Se não tratada a tempo, pode levar a deformidades do sistema urinário e insuficiência renal terminal.
Cerebral: é o tipo mais grave de tuberculose, pois pode evoluir para uma meningite ou à formação de tuberculomas cerebrais – tumores no sistema nervoso central