Dia Mundial da Luta Contra o Lúpus: eficiência do tratamento depende da conscientização do paciente e de toda família - Hospital Pequeno Príncipe

Notícias

Dia Mundial da Luta Contra o Lúpus: eficiência do tratamento depende da conscientização do paciente e de toda família

O diagnóstico precoce é fundamental para o controle da doença, que pode provocar danos irreversíveis
10/05/2018
Um dos sinais característicos da doença é a lesão em forma de asa de borboleta (rash cutâneo) na face, na região das bochechas e ponta do nariz.

Neste 10 de maio,  Dia Mundial da Luta Contra o Lúpus, fica o alerta para a importância do diagnóstico precoce e da aderência ao tratamento. Recentemente, a pausa na carreira da atriz e cantora Selena Gomez, por conta da necessidade de tratar da doença, colocou o assunto em destaque na mídia internacional. De acordo com a Lupus Foundation of America, cerca de 5 milhões de pessoas têm a enfermidade no planeta.

Diagnosticada com lúpus, a cantora e atriz Selena Gomez chamou a atenção da sociedade para a doença.

Por se tratar de uma doença multissistêmica, ou seja, que atinge vários órgãos, o diagnóstico não é simples e o tratamento requer acompanhamento contínuo. “É preciso uma avaliação criteriosa, pois a variedade do quadro clínico pode simular várias outras doenças, atrasando o diagnóstico e sendo responsável por danos irreversíveis”, comenta a médica Márcia Bandeira, chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital Pequeno Príncipe.

De modo geral, o lúpus na infância é similar ao manifestado em adultos. “A diferença é que os meninos e meninas apresentam um maior comprometimento do Sistema Nervoso Central. Por isso, o quanto antes a doença for diagnosticada, menor serão os danos em órgãos vitais”, explica a médica.  Outra característica é que as crianças com a enfermidade podem ficar abatidas e apresentar perda de peso.

A causa do lúpus ainda é desconhecida e o diagnóstico nem sempre é fácil, pois boa parte dos sintomas pode ser confundida com os de outras enfermidades. Porém, geralmente, um exame de sangue é suficiente para confirmar a doença – já que nela há uma formação excessiva de anticorpos que, em situações normais, não estariam no sangue.

Sintomas
Vários sintomas podem indicar o lúpus, mas um dos sinais característicos é a lesão em forma de asa de borboleta (rash cutâneo) na face, na região das bochechas e ponta do nariz. Dor nas articulações, febre, fadiga, rigidez muscular, sensibilidade aos raios solares, dificuldade para respirar, dor de cabeça, alterações hormonais, infecções e feridas na boca são algumas das manifestações que podem sinalizar o problema. “Não precisa ter tudo ao mesmo tempo, por isso é importante o acompanhamento especializado”, reitera Márcia Bandeira.

Como não tem cura, o lúpus exige atenção especial das famílias e pacientes. “É importante que exista a conscientização. Todos devem se envolver no processo. Se a doença não é tratada da forma correta, por exemplo, pode provocar comprometimento renal e outros danos”, avisa a especialista.
O tratamento da doença é complexo. “Porém, quando feito de maneira adequada, pode aumentar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes com lúpus”, afirma a especialista.  Ele é geralmente feito com o uso de medicamentos imunossupressores (que fazem o organismo parar de lutar contra si mesmo). Porém, esse tipo de remédio, ao suprimir o sistema imunológico, facilita “a entrada” de outras doenças e infecções. Além disso, eles geram efeitos colaterais, que precisam ser combatidos com outros medicamentos

Doença afeta vida social e emocional dos pacientes
Doenças crônicas como o lúpus afetam, além da saúde física do paciente, a sua vida social e emocional. “Elas exigem uma atenção permanente em virtude de implicações no desenvolvimento e qualidade de vida dos meninos e meninas. As mudanças impostas pela enfermidade são, por si só, repletas de desafios”, salienta a coordenadora do Serviço de Psicologia do Pequeno Príncipe, Ângela Bley.

Além disso, pacientes adolescentes exigem ainda mais atenção. “O surgimento da enfermidade é estressante em qualquer fase da vida, mas na adolescência ela pode potencializar os conflitos próprios da idade”, alerta a psicóloga.

+ Notícias

19/12/2024

Verão Maior: Pequeno Príncipe e Governo do Paraná promovem saúde

Iniciativa no litoral paranaense visa conscientizar sobre cuidados durante o verão e incentivar doações ao Hospital
19/12/2024

Celebrações de final de ano emanam esperança e emoção

Seja por meio da música, oração ou palavras de esperança, as iniciativas proporcionaram acolhimento e alegria aos participantes
17/12/2024

O que é enterocolite?

Hospital Pequeno Príncipe esclarece as principais dúvidas sobre a doença que é considerada a emergência gastrointestinal mais comum e perigosa em recém-nascidos
16/12/2024

Qual é a melhor idade para colocar a criança em um centro de educação infantil?

Os pequenos desenvolvem rapidamente habilidades de linguagem, autocontrole, cooperação e atenção em ambientes ricos em estímulos e interação
13/12/2024

Imposto de renda: restituição pode transformar vidas

Até 27 de dezembro, contribuintes podem destinar até 6% do imposto devido ou a restituir para projetos sociais do Hospital Pequeno Príncipe
05/12/2024

Pequeno Príncipe vence o Prêmio Líderes Regionais 2024

Hospital foi o ganhador da categoria Hors-Concours da premiação concedida pelo LIDE Paraná, com voto popular
Ver mais