No Dia da Árvore, "Araucarilândia" é lançado no Museu Paranaense
No domingo, 21, o Museu Paranaense recebeu o lançamento de “Araucarilândia”, uma reedição do livro do botânico brasileiro Frederuci Carlos Hoehne com um texto de apresentação de autoria de José Álvaro da Silva Carneiro, ambientalista e diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe.
O lançamento foi realizado no Dia da Árvore e integrou as comemorações de 138 anos do museu. Aproximadamente 150 pessoas participaram do evento e levaram cópias autografadas de “Araucarilândia”. O evento foi prestigiado pelo alpinista Waldemar Niclewicz, que lançará seu livro – “A história do alpinista que se dedicou a colocar o Brasil no topo do mundo” – na próxima quinta-feira, dia 25, às 19h, na Livraria da Vila, no Pátio Batel. Waldemar, amigo de longas escaladas de José Álvaro, surpreendeu presenteando-o em primeira mão com a publicação que lançará.
Originalmente publicada em 1930, a obra diz respeito à proteção da natureza e ao uso racional dos recursos naturais. O autor usa como base para a publicação os relatos de viagem realizada por ele em 1928 pelos estados do Paraná e de Santa Catarina. Na ocasião, o pesquisador liderou uma expedição que percorreu a região de matas em que se percebia a existência da araucária e registrou com detalhes a beleza da paisagem, a diversidade da flora e a exploração madeireira.
Hoehne foi um pioneiro no tema da sustentabilidade entre os cientistas brasileiros do século 20 e contribuiu para a emergência de uma consciência ambientalista no Brasil. A sua abordagem combinava argumentos científicos com apelos estéticos, além de difundir a percepção de que a natureza deveria desempenhar um papel importante na constituição da identidade nacional brasileira.
Como parte do lançamento, oficinas de jardinagem e biodiversidade foram realizadas no Hospital Pequeno Príncipe em semanas anteriores. Trazer a obra para o Hospital significa compartilhar com dezenas de meninos e meninas a importância de se preservar a natureza e fazer dela instrumento para uma rotina saudável. “Importante trazermos para as nossas crianças um pouco da nossa memória e do significado do bioma ‘araucária’, um símbolo paranaense, altamente relacionado com a nossa história e tradições”, afirma José Álvaro da Silva Carneiro.
“A reedição de livros históricos é fundamental, pois traz o resgate de informações valiosas que a nossa população merece conhecer”, explica Carneiro, um entusiasta das questões ambientais. De acordo com ele, “obras raras, sem edição há muito tempo, cujos exemplares em edição antiga se perderam, são perpetuadas com a reedição”.
Estudantes e pesquisadores serão beneficiados com o projeto, que teve o patrocínio da Atlas. Haverá distribuição gratuita de exemplares para as bibliotecas públicas de todos os estados brasileiros. Os números restantes serão encaminhados ao Projeto Biblioteca Cidadã, da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, que distribui livros para as bibliotecas dos municípios paranaenses.
“Araucarilândia” foi viabilizado por meio de Lei Rouanet e patrocinado pela empresa Atlas Copco Brasil Ltda.