Cardiologia em números
O Hospital Pequeno Príncipe realiza em média:
– 520 cirurgias por ano;
– 421 cateterismos anualmente, sendo 295 para diagnóstico e 126 terapêuticos;
– 700 ecocardiogramas por mês;
– 3 transplantes de coração foram realizados de janeiro a novembro deste ano.
Cardiopatias congênitas exigem atenção
Dez crianças em cada mil nascidos vivos. Essa é a incidência de cardiopatias congênitas, doenças comuns e que requerem atenção dos pais, visto que muitas delas necessitam de tratamento cirúrgico nos primeiros meses de vida. Por isso, ao verificar sintomas como dificuldade para mamar, baixo ganho de peso, cansaço ou desânimo, e coloração azulada no lábio e nas unhas, um médico deve ser procurado.
De acordo com o cardiologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe Nelson Miyague, as doenças que apresentam maior risco nos primeiros meses de vida e que se manifestam com maior frequência são a transposição das grandes artérias, a coarctação da aorta e a drenagem anômala de veias pulmonares. O médico salienta que boa parte dos casos de cardiopatias congênitas necessita de cirurgia. “Em torno de 35% das crianças com essas doenças complexas precisam de tratamento cirúrgico no primeiro ano de vida. A mortalidade é extremamente alta nesses pacientes”, ressalta.
A explicação está na complexidade dessas doenças. Nas cardiopatias congênitas, por exemplo, existem comunicações entre as câmaras do coração, ou comprometimento valvar, que não podem ser curadas com medicação.“Na cardiologia pediátrica, o tratamento geralmente inclui um procedimento cirúrgico. Muitas necessitam de tratamento medicamentoso como terapêutica auxiliar, mas nunca curativa”, reitera Miyague.
A mais frequente
Miyague ressalta que a mais frequente das cardiopatias congênitas complexas é a transposição das grandes artérias. “Se não forem operadas precocemente, 50% das crianças com a enfermidade morrem no primeiro mês de vida e somente 5% conseguem sobreviver após o primeiro ano”, alerta. “Mas a cirurgia muda a história natural dessas doenças. A saúde dos pacientes é transformada e eles têm a possibilidade de desenvolvimento semelhante ao das crianças sadias”, completa.
Transplante
Em alguns casos, o transplante de coração é o tratamento indicado. Um exemplo é quando a miocardiopatia dilatada se manifesta. “Essa enfermidade compromete toda a musculatura do coração”, explica o cardiologista. “Fazemos uma cirurgia paliativa para desenvolver a criança e posteriormente o transplante cardíaco”, acrescenta.