Câncer infantil: diagnóstico precoce aumenta chances de cura

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Câncer infantil: diagnóstico precoce aumenta chances de cura em até 80%

Hospital pediátrico alerta para a importância de reconhecer sintomas que muitas vezes se confundem com os de doenças comuns da infância
23/11/2025
Câncer infantil
Hospital Pequeno Príncipe chama atenção para sinais de alerta do câncer infantil, fundamentais para o diagnóstico precoce. (Foto: Complexo Pequeno Príncipe/Camila Hampf)

O câncer infantil é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Estimam-se 7.930 novos casos por ano até 2025. No entanto, quando diagnosticado precocemente, o tratamento pode alcançar índices de cura de até 80%.

Por isso, no Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, lembrado em 23 de novembro, o Hospital Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país e referência nacional no tratamento oncológico de crianças e adolescentes, chama atenção para sinais de alerta que são fundamentais para o diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo identificamos o câncer, menor é a chance de ele ter se disseminado, o que chamamos de metástase. Além disso, maiores são as chances de um tratamento eficaz e, muitas vezes, menos agressivo”, explica a oncologista Gabriela Caus, da instituição.

Os tipos mais comuns de câncer infantil

De acordo com a especialista, as leucemias são os tipos de câncer mais frequentes entre crianças, especialmente a leucemia linfoide aguda, seguida pelos linfomas e pelos tumores cerebrais, como o meduloblastoma. Também são diagnosticados tumores abdominais, como os neuroblastomas e tumores renais, além dos sarcomas, que afetam ossos e tecidos moles.

A incidência varia conforme o tipo de neoplasia. No caso da leucemia linfoide aguda — a mais comum na infância —, o pico ocorre entre 2 e 5 anos de idade.

Atenção que pode salvar vidas

Os sintomas do câncer na infância podem confundir-se com os de doenças comuns, o que torna o olhar atento dos pais, responsáveis e profissionais de saúde ainda mais essencial. Entre os sinais de alerta estão:

  • palidez ou fraqueza inexplicável;
  • perda de peso sem causa aparente;
  • dor persistente nos ossos ou membros;
  • febre prolongada e sem explicação;
  • manchas roxas, sangramentos espontâneos ou ínguas;
  • dores de cabeça frequentes com vômitos;
  • alterações visuais ou mudanças repentinas de comportamento.

“Alterações neurológicas, como dores de cabeça recorrentes ou vômitos que não melhoram, também devem ser investigadas”, destaca a oncologista.

Tratamento e cuidados

O tratamento do câncer infantil varia conforme o tipo e o estágio da doença, podendo envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea. Além disso, enquanto são tratadas, as crianças ficam imunossuprimidas, o que exige cuidados especiais com a rotina e a alimentação.

“No período de tratamento, deve-se evitar locais fechados e com aglomerações, bem como alimentos crus de procedência duvidosa, para reduzir o risco de infecções. Essas medidas são fundamentais para proteger os pacientes, que ficam mais vulneráveis nesse período”, ressalta Gabriela Caus, do Hospital Pequeno Príncipe.

Diferenças entre o câncer infantil e o adulto

Um dos principais mitos que os oncologistas pediátricos escutam nos consultórios é de que o câncer infantil é igual ao adulto, mas eles apresentam características distintas. Tumores como os de mama, pulmão e pele, comuns em faixas etárias mais avançadas, são raros em crianças. Já as leucemias e os tumores do sistema nervoso central são mais frequentes em meninos e meninas e evoluem rapidamente, exigindo tratamento imediato.

“O câncer infantil não é igual ao de adultos e não significa uma sentença de morte. Quando diagnosticado precocemente e tratado em centros especializados, as chances de cura são excelentes”, reforça Gabriela Caus.

Referência nacional

O Serviço de Hematologia e Oncologia do Hospital Pequeno Príncipe recebe cem novos casos todos os anos e é um dos mais importantes centros para tratamento de câncer pediátrico do Paraná e um dos principais do Brasil. Os estudos do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, aliados às modernas e complexas análises genéticas do Centro de Diagnóstico Avançado Pequeno Príncipe, têm contribuído para a precisão diagnóstica e adoção de um tratamento ainda mais assertivo.

Conta com especialistas das mais diferentes áreas — enfermagem, nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e assistência social — para compor o grupo de atenção às crianças e adolescentes. Em 2024, o Serviço de Oncologia e Hematologia realizou: 6.499 consultas, 727 internamentos, 3.314 sessões de quimioterapia e 60% dos atendimentos via SUS.

O Pequeno Príncipe é participante do Pacto Global desde 2019. E a iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

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