Presença dos pais durante o brincar fortalece aprendizados

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Presença dos pais durante o brincar fortalece aprendizados

O Pequeno Príncipe reforça a importância do adulto nessas atividades que promovem amadurecimento, afetividade e senso de comunidade
28/05/2022
brincar
No Dia Mundial do Brincar, celebrado em 28 de maio, o Pequeno Príncipe reforça a participação familiar.

A infância é uma fase essencial para o desenvolvimento das crianças. Nessa etapa, elas desenvolvem a coordenação motora, cognição, linguagem, sociabilidade, raciocínio, autoestima, entre outras habilidades, e o grande aliado nesse processo é o brincar. O que os pais e responsáveis muitas vezes não percebem é a importância do papel que devem desempenhar nesse contexto. Por isso, no Dia Mundial do Brincar, celebrado em 28 de maio, o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, reforça a relevância dessa participação.

Garantido como um direito previsto no artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o ato de brincar vai muito além da diversão. É por meio da brincadeira que a criança se relaciona com o mundo. Nesse sentido, os pais devem dar a mesma atenção ao brincar quanto dão aos demais cuidados da rotina de seus filhos, atuando como estimuladores da construção do desenvolvimento global proporcionado pelas brincadeiras.

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No Pequeno Príncipe, os voluntários incentivam e supervisionam as brincadeiras.

Participação dos adultos nas brincadeiras com as crianças

O ato de brincar também promove o aumento da confiança, dos laços afetivos, do amadurecimento e do senso de comunidade. “O prazer da brincadeira deveria permear todas as atividades, inclusive para os adultos, que podem potencializar os benefícios do brincar nas crianças”, explica a psicóloga Rita Lous, também gerente do Setor de Voluntariado do Pequeno Príncipe, responsável por promover brincadeiras em suas diferentes formas aos pacientes do Hospital.

Ao participar das brincadeiras, é fundamental que os pais respeitem a maneira com que a criança brinca e a deixem conduzir o momento. Ao incentivar, os responsáveis podem estimular que as atividades sejam feitas sozinhas ou com outras crianças. “Brincar sozinho ou brincar em grupo devem ser complementares, pois cada momento traz benefícios diferentes, como por exemplo a independência, assim como o aprender a respeitar regras e a compartilhar”, ressalta a psicóloga.

A contribuição do adulto também é importante para garantir a segurança durante as brincadeiras. O brincar solitário é relevante para a construção da autoconfiança e da autonomia, mas acompanhadas ou não, as brincadeiras devem ser supervisionadas. “Não há necessidade de intervir ou controlar o ambiente o tempo todo. A ideia é evitar acidentes. E o mesmo cuidado deve se estender na hora de escolher um brinquedo. É preciso ficar atento a fatores como a qualidade, para garantir que as peças não se soltem, e a faixa etária indicada, por exemplo”, explica Rita.

Ela frisa ainda que todos os processos do brincar são importantes, desde o momento de separar os materiais, confeccionar brinquedos e, até mesmo, guardar ou limpar tudo depois. Isso faz com que a criança esteja desenvolvendo habilidades de organização, responsabilidade e comprometimento, ao mesmo tempo em que brinca.

“As crianças e os adolescentes possuem habilidades criativas muito aguçadas, por isso qualquer objeto pode virar um brinquedo. E assim também é importante proporcionar atividades que estimulem a criatividade, a socialização e o senso crítico, por exemplo. Enfim, ao incentivar as brincadeiras, os pais contribuem com todo o desenvolvimento global do seu filho ou filha”, finaliza Rita.

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As brincadeiras não garantem só alegria às crianças, elas promovem amadurecimento, independência, afetividade e senso de comunidade.

Confira algumas dicas para brincar com as crianças:

– Jogo das sensações

A ideia da brincadeira é trabalhar o tato com as crianças. São colocados atrás das cartas de jogo da memória pedaços de arroz ou macarrão crus, miçanga, massinha de modelar, entre outros materiais. As crianças participam do jogo da memória de olhos vendados e acham os pares só tocando as cartas. A atividade estimula a empatia dos pequenos, à medida que os participantes, que estarão de olhos vendados, conseguem ter noção de como é para um deficiente visual praticar a brincadeira.

– Quebra-cabeça

O jogo pode ser deixado na sala da casa e montado por quem passar pelo cômodo. Assim, as peças serão montadas de forma coletiva. Os pais também podem reservar um momento do dia para montar as peças com os pequenos, aproveitando para estreitar os laços familiares.

– Jogos de tabuleiro

Esse tipo de jogo agrada principalmente aos adolescentes. Jogos de tabuleiro podem ser grandes aliados no desenvolvimento de raciocínio lógico, concentração, memória e imaginação.

– Caixa dos sentidos

A atividade trabalha a criatividade e a imaginação. Diversos objetos com texturas, pesos e tamanhos diferentes devem ser colocados dentro de uma caixa. É necessário que um ou dois buracos sejam feitos na caixa, em um tamanho suficiente para caber a mão das crianças. A brincadeira consiste nos pequenos tentarem adivinhar os objetos utilizando o tato, audição e olfato.

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