Adolescentes podem fazer musculação com acompanhamento médico para uma prática saudável e segura, segundo especialistas.
É na adolescência que o organismo começa uma nova fase de desenvolvimentos – um deles é o crescimento muscular. Inspirados em personalidades, colegas ou familiares, é nesse período que alguns jovens buscam as academias. Entretanto, o espaço é rodeado de tabus e dúvidas e merece atenção para possíveis excessos. Uma pergunta em especial passou a ser comum nos consultórios médicos: adolescentes podem fazer musculação?
O ortopedista Evando José Aguila Góis, do Hospital Pequeno Príncipe, explica que nessa fase meninos e meninas nem sempre possuem quantidades suficientes de hormônios importantes para o crescimento dos músculos. Um deles é a testosterona, principal aliada da hipertrofia.
Portanto, nessa faixa etária, o uso de aparelhos com alta carga de pesos com o objetivo de ganho de massa muscular não é recomendado. Afinal, além de não melhorar esteticamente, pode haver dano ao esqueleto que ainda não está maduro suficiente para suportar as cargas. O ortopedista enfatiza também o perigo dos jovens recorrerem ao uso de esteroidesanabolizantes devido à falta de sucesso em adquirir hipertrofia.
O que são os esteroides anabolizantes?
Esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos com efeitos semelhantes aos da testosterona no ganho muscular. Eles prometem rapidez nos resultados estéticos e no rendimento esportivo, mas trazem grandes riscos à saúde. Por isso, são proibidos no Brasil.
Os principais efeitos colaterais do uso de anabolizantes são:
aumento de acnes;
queda de cabelo e calvície;
distúrbios do fígado;
comportamento agressivo;
aumento de pelos;
irregularidade menstrual;
diminuição dos seios; e
redução dos testículos.
Em adolescentes, os anabolizantes podem comprometer a estatura corporal de forma significativa. Caso os pais ou familiares percebam crescimento muscular rápido ou busca por esse tipo de produto, a orientação é procurar um médico de confiança.
Mas, afinal, adolescentes podem fazer musculação?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seguindo as especificidades de cada criança e adolescente, são recomendados 60 minutos de atividade física por dia. A maior parte deve ser aeróbica, como caminhada, corrida, bicicleta ou natação.
Para atividades mais intensas, como a musculação, é fundamental buscar orientação com um pediatra de confiança. Esse profissional poderá avaliar o caso e fazer o encaminhamento para especialistas em medicina do esporte, ortopedia e nutrição. Sem supervisão adequada, a musculação aumenta a chance de sobrecarga nas articulações e deformidades do esqueleto – que ainda pode estar em formação e apresentar cartilagens (partes moles dos ossos) de crescimento.
“Embora grande parte das academias estabeleça um limite por idade, o critério a ser utilizado é o estágio de desenvolvimento puberal. Quando os jovens atingem a formação dos caracteres sexuais e crescimento ósseo completos, então podem praticar exercícios com mais força”, explica o endocrinologista Rodrigo Bruel da Silveira, do Hospital Pequeno Príncipe.
Suplementação nem sempre é necessária
O endocrinologista também ressalta que pais e familiares precisam ficar atentos aos excessos. O desejo por resultados estéticos e desempenho mais rápidos pode levar à procura de suplementos alimentares – como proteínas isoladas, creatina e termogênicos. Os suplementos são extraídos dos alimentos e complementam a dieta, como a proteína do soro do leite ou da ervilha.
A necessidade da suplementação deve ser avaliada por um profissional e leva em consideração outros aspectos, como hidratação e doenças subjacentes. “Em alguns quadros, só com alimentação natural já atingimos a meta proteica sem precisar necessariamente de suplementação. A adolescência é um momento da vida muito associado ao aumento do apetite. Por isso, a substituição ou inclusão de alimentos de melhor valor nutricional já podem contribuir para o ganho de massa”, lembra o nutrólogo Leandro Izoton Lorencette, do Hospital Pequeno Príncipe.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).
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