Paciente Lukas Pierre Gomes dos Santos
“O Lukas tinha fortes dores de cabeça. Um dia, a dor estava tão forte que o levamos para uma unidade de saúde, e nos disseram que era virose. Voltamos para casa, e meu filho foi lavar as mãos. Minha esposa achou estranho ele ficar tanto tempo no banheiro e, quando foi olhar, ele estava paralisado, olhando fixamente para a torneira, não reagia. Passamos por três hospitais até o Lukas ser encaminhado para fazer uma biópsia no Pequeno Príncipe. Eu queria que meu filho fosse atendido no Hospital, e foi quando começou minha batalha. Meu pequeno ficou então internado na instituição, e fizeram diversos exames para saber o que ele tinha. Encaminharam os resultados para estudo em Barcelona, e o diagnóstico de encefalite anti-GABA-AR [doença que tende a gerar alterações comportamentais ou cognitivas, que evoluem para convulsões refratárias e lesões multifocais] foi confirmado. O Lukas ficou mais 15 dias internado na UTI e, com o tratamento certo, saiu do coma. Passamos por mais alguns obstáculos, mas no dia em que ele completou 7 anos recebeu alta. Por três anos, o Lukas tomou imunoglobulina, mas agora está sem medicação. O Pequeno Príncipe representa um pilar fundamental em nossa vida. Foi no Hospital que encontrei o tratamento e o cuidado necessário desde a minha infância, quando fui diagnosticado com um sopro no coração. Anos depois, o Pequeno Príncipe se tornou novamente um farol de esperança e competência durante a batalha pela vida de meu filho. A dedicação e o empenho de todos os profissionais envolvidos não apenas salvaram a vida do Lukas, mas também nos deram força e fé em momentos de extrema dificuldade. O Hospital é um símbolo de cura, esperança e milagres para nossa família, e seremos eternamente gratos por tudo o que fizeram por nós.”
Wagner Souza, pai do paciente Lukas Pierre Gomes dos Santos. O garoto foi diagnosticado no Hospital Pequeno Príncipe com a doença rara encefalite antirreceptor do ácido gama-aminobutírico (anti-GABA-AR), foco de estudos também no Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe.
Quando criança, Wagner Souza fez tratamento cardiológico no Hospital, que exigiu, inclusive, a colocação de um marca-passo. Já adulto, foi seu filho Lukas quem precisou dos cuidados disponibilizados pelas equipes da instituição.