Osteopetrose

Osteopetrose

O que é?

A osteopetrose é uma doença óssea rara, que tem origem genética e é congênita (a criança nasce com ela). Popularmente chamada de doença do osso de mármore, ela faz com que os ossos fiquem densos e quebradiços, causando fraturas frequentes.

Normalmente, o esqueleto humano é completamente regenerado a cada dez anos, com a ajuda dos osteoclastos, células que formam o tecido ósseo. Quando com a criança tem osteopetrose, essa renovação do esqueleto não acontece.

O resultado é o aumento da densidade ou da espessura dos ossos e uma alteração na forma, podendo causar anormalidades esqueléticas. O tecido ósseo mais denso pode prejudicar, ainda, a função da medula óssea, impedindo-a de produzir novas células sanguíneas e do sistema imunológico.

A osteopetrose varia de leve a grave e pode ter início na primeira infância ou mais tarde. Existem três formas da doença:

  • autossômica recessiva;
  • autossômica intermediária;
  • recessiva ligada ao X.

Quando acontece a osteopetrose?

osteopetrose é uma doença rara hereditária, mas pode pular gerações. A variação autossômica recessiva é a forma mais grave da doença e aparece já na primeira infância. Porém, algumas crianças não apresentam sintomas, e os problemas geralmente só surgem no final da infância ou adolescência.

Causas

  • Genéticas (congênita, a criança nasce com ela)
  • Hereditárias (herdadas dos pais)

Sintomas possíveis da osteopetrose

  • Fraturas frequentes
  • Cegueira
  • Surdez
  • Anemia e/ou sangramentos
  • Paralisia facial
  • Infecções na face e na mandíbula
  • Macrocefalia (cabeça anormalmente grande)
  • Hidrocefalia (acúmulo de líquido nas cavidades internas do cérebro)
  • Hipertelorismo (olhos que parecem muito espaçados)
  • Exoftalmia (olhos que se projetam das órbitas)
  • Estrabismo (quando os olhos não estão paralelos)
  • Movimentos rítmicos involuntários dos olhos
  • Mandíbula anormalmente pequena
  • Inflamação crônica das membranas mucosas do nariz (rinite)
  • Dificuldades alimentares
  • Retardo de crescimento
  • Desenvolvimento psicomotor atrasado
  • Atraso no desenvolvimento dentário ou cáries dentárias graves
  • Aumento anormal do fígado e baço
  • Inflamação das vértebras lombares
  • Convulsões recorrentes (devido a baixos níveis de cálcio no sangue)
  • Deficiência acentuada de todos os tipos de células sanguíneas
  • Pneumonias frequentes
  • Infecções do trato urinário
  • Aumento da pressão intracraniana
  • Dor nas articulações
  • Dor lombar
  • Artrose precoce do quadril

Diagnóstico

O médico pode fazer o diagnóstico a partir de uma avaliação clínica completa, do histórico do paciente, com o auxílio de exames que podem identificar ossos densos ou malformados. Os mais comuns são as radiografias e a medição da densidade da massa óssea.

Quando a criança não tem sintomas ao nascer, a osteopetrose às vezes só é detectada por radiografias tiradas por outros motivos. Testes genéticos podem identificar mutações que causam a doença em 90% dos casos.

As crianças que têm osteopetrose devem ser avaliadas regularmente por um oftalmologista, para acompanhar o comprometimento do nervo óptico; por otorrino, pelo comprometimento da audição; e por neurologista. Uma equipe multidisciplinar pode ser necessária, dependendo do estágio da doença.

Importante: é possível diagnosticar a osteopetrose ainda durante o pré-natal, em famílias que sabem que têm a mutação genética. Mantenha os exames em dia.

Tratamento para a osteopetrose

Alguns tratamentos podem ajudar a aliviar os problemas causados pela doença. Eles podem incluir o uso de medicamentos, cirurgia e, em alguns casos, transplante de medula óssea.

Quando a doença é detectada precocemente, o transplante permite a restauração da reabsorção óssea, com novas células de doadores que darão origem a células sadias.

Quando devo procurar o Hospital Pequeno Príncipe?

Crianças que têm osteopetrose normalmente apresentam outras condições associadas, incluindo imunodeficiência (comprometimento do sistema imunológico), causando infecções graves e recorrentes.  Além disso, são crianças com maior tendência de fraturas, e é preciso estar atento para evitar maiores problemas.

Realize o acompanhamento com pediatra. Caso note sinais de alerta, solicite encaminhamento ao Hospital Pequeno Príncipe para avaliação e tratamento especializados.

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