Mielodisplasia
O que é?
Mielodisplasia é uma alteração que faz com que a medula óssea tenha problemas para produzir células maduras. Essas células que não amadureceram não funcionam como deveriam.
A medula óssea é responsável por produzir as células que compõem o sangue (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas). Quando a criança tem menos células desse tipo saudáveis, pode ocorrer infecção, anemia ou sangramento fácil, podendo evoluir para um tipo de leucemia, chamada leucemia mieloide aguda.
O tipo de mielodisplasia depende de quais células são afetadas pela doença. Entre os tipos mais comuns estão:
– mielodisplasia hipocelular: quando não há glóbulos vermelhos, glóbulos brancos ou plaquetas suficientes;
– mielodisplasia com excesso de blastos: quando a criança não tem glóbulos vermelhos, glóbulos brancos ou plaquetas suficientes e apresenta presença de células imaturas – um risco maior de desenvolver leucemia.
Existem outros tipos da doença, e o médico do seu filho pode identificar com precisão, indicando o melhor tratamento.
Quando acontece a mielodisplasia?
Alguns tipos são genéticos, não têm necessariamente nenhuma causa conhecida para essa mutação. São chamados de mielodisplasia primária.
Outros ocorrem em resposta a tratamentos contra o câncer ou exposição a substâncias químicas, como quimioterapia ou radiação, sendo adquiridas depois do nascimento. São as mielodisplasias secundárias.
Juntas, elas representam cerca de 4% das doenças malignas do sangue na infância. A idade média de diagnóstico é entre 6 e 8 anos, e é importante fazer todos os exames que o pediatra recomendar para ter um diagnóstico correto.
Causas
- Quimioterapia
- Radioterapia
- Exposição a produtos químicos tóxicos (como o benzeno)
- Alterações genéticas (nem sempre hereditárias)
Sintomas possíveis da mielodisplasia
- Falta de ar
- Fadiga
- Palidez
- Anemia
- Lesões e manchas avermelhadas na pele
- Sangramento
- Infecções frequentes
- Febres constantes
Diagnóstico
Para diagnosticar a mielodisplasia, o pediatra levará em conta o exame físico e o histórico de saúde da criança. O hemograma completo é o primeiro exame que pode apontar problemas, caso a quantidade de algum componente do sangue esteja baixa ou alterada.
Os testes de medula (feitos por biópsia ou mielograma, com a coleta de uma amostra da medula óssea) podem ser necessários para complementar o diagnóstico.
Tratamento para a mielodisplasia
O tipo de tratamento depende do tipo de mielodisplasia que a criança tem, e o objetivo é normalizar o número de células sanguíneas saudáveis e controlar os sintomas, prevenindo complicações.
Transfusões de sangue podem ser uma opção para a melhora dos sintomas relacionados à anemia ou plaquetas baixas. Outra opção que o médico vai avaliar é a quimioterapia, com medicamentos que destroem as células sanguíneas imaturas, impedindo-as de crescer.
Medicamentos imunossupressores podem ser usados para controlar o sistema imunológico e podem ajudar a melhorar a contagem sanguínea.
Em alguns casos, a cura da doença é possível com o transplante de medula óssea, que faz a substituição de suas células sanguíneas anormais por células saudáveis de um doador.
Quando devo procurar o Hospital Pequeno Príncipe?
Realize o acompanhamento com pediatra. Caso note sinais de alerta, solicite encaminhamento ao Hospital Pequeno Príncipe para avaliação e tratamento especializados.