Paciente Everthon Santana dos Santos
“No teste do pezinho, descobrimos que o Everthon nasceu com anemia falciforme [doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue]. Meu filho começou o tratamento com 27 dias de vida em Salvador. Nós somos de Ubaíra, município da Bahia, mas íamos à capital para realizar o tratamento. Com 5 meses de idade, o Everthon teve a primeira crise. Foi quando a imunoglobulina baixou e foi para 2.6. Meu menino fez um exame, que apontou uma alteração. Ele precisou voltar com a transfusão de sangue mensal, e com urgência, pois tinha o risco de derrame cerebral. Por conta disso, viemos para o Pequeno Príncipe para realizar o transplante de medula óssea. No começo, ficamos assustados. Não sabíamos da complexidade do tratamento e que o processo era tão intenso, mas foi tudo explicado na primeira consulta. Eu só tenho que agradecer. O Pequeno Príncipe tem uma equipe maravilhosa nos atendendo desde que chegamos. Todos nos receberam muito bem. Agradeço às pessoas maravilhosas que Deus colocou em nossas vidas. Pelo Everthon, todos os dias passaríamos para ver os médicos e enfermeiros do Serviço de Transplante de Medula Óssea. Todo o nosso atendimento foi pelo SUS, desde que ele nasceu. Faz muita diferença ter alimentação, medicamento e tudo que o meu filho precisa em um só lugar. O tratamento dele é muito caro – e, se tivesse que pagar, não conseguiríamos. E é muito importante para ele ficarmos juntos, o tempo todo. O pai do Everthon, quando veio para doar a medula, ficou aqui também, na Casa de Apoio. Toda a assistência que meu filho precisou, ele teve aqui: Serviço Social, farmácia, dentista, nutricionista, professor. Pelo processo ser muito demorado, é muito importante para o desenvolvimento dele ter o acompanhamento escolar. Os professores da Bahia falam com os professores do Hospital, e ele continua com os estudos. Isso é maravilhoso. Com os dentistas, meu pequeno está tratando de um dente que começou a incomodar quando estávamos na Bahia. No período em que o Everthon estava internado para o transplante, o dentista passava todos os dias para vê-lo, independentemente de o dente estar doendo ou não. Era um processo de acompanhamento mesmo, muito importante. Só tenho a agradecer.”
Rozangela Borges dos Santos, mãe do paciente Everthon Santana dos Santos. O menino, de Ubaíra, na Bahia, foi diagnosticado com anemia falciforme e realizou o transplante de medula óssea (TMO) no Pequeno Príncipe. A família ainda contou com o atendimento multiprofissional da instituição, como o acolhimento da Casa de Apoio. O TMO de Everthon foi o de número 500 do Pequeno Príncipe.