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Pequeno Príncipe é referência nacional no controle da sepse
A sepse, conhecida como infecção generalizada, é a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva e é responsável por um a cada cinco óbitos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Pequeno Príncipe, a linha de cuidado para a prevenção e tratamento da sepse é referência nacional, com taxas de letalidade que chegam a 5% e 7%, em 2023 e 2022, respectivamente. Números muito menores se comparados às médias nacionais, que totalizam 50% de chance de morte por sepse.
Por conta de uma resposta inflamatória desregulada, o sistema circulatório passa por um estado em que não consegue suprir as demandas de oxigênio e nutrientes exigidos pelos órgãos. É nesse momento que acontece a sepse.
Linha de cuidado da sepse no Pequeno Príncipe
O Pequeno Príncipe conta com um cuidado multidisciplinar que envolve diferentes profissionais para que se tenha uma metodologia eficaz. O técnico de enfermagem registra a captura dos sinais vitais – caso estejam alterados, cria-se um alerta para que o enfermeiro confirme a variação. Após isso, o médico recebe um alerta para realizar o atendimento. Em paralelo, a enfermeira navegadora-administrativa verifica se tudo foi realizado corretamente.
O médico, então, prescreve o antimicrobiano, e a Farmácia do Hospital é acionada para que forneça o medicamento prescrito. Em quadros graves, de choque séptico, a infusão precisa ser feita em até três horas. Na maioria dos casos, a medicação chega ao paciente em 40 minutos.
“A sepse é desafiadora em qualquer instituição, e o Pequeno Príncipe é referência na atenção a essa condição. Fomos reconhecidos pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) com o nível 3, que é o nível máximo. Ou seja, temos resultados muito bons”, pontua o vice-diretor de Qualidade e Pesquisa Clínica do Pequeno Príncipe, Fábio de Araújo Motta.
Programa de Stewardship de Antimicrobianos
Criado pelo Pequeno Príncipe, o Programa de Stewardship de Antimicrobianos integra a linha de cuidado e é fundamental para o uso efetivo e individualizado desses medicamentos. Consiste na expertise do farmacêutico clínico para auxiliar o médico na gestão do emprego de antimicrobianos, principalmente ao promover a articulação entre uma equipe multidisciplinar para avaliação do melhor tratamento para cada paciente.
Cada unidade possui farmacêuticas clínicas envolvidas diretamente na rotina de pacientes com sepse. Quando um antimicrobiano é prescrito, ocorre uma auditoria prospectiva. Ou seja, o farmacêutico responsável analisa e valida se o medicamento está dentro do protocolo da instituição.
“Dessa forma, realizamos acompanhamento a partir do que acontece em tempo real no quadro da criança ou adolescente com sepse. Isso é muito mais efetivo, porque conseguimos ajustar o que precisa e garantir que o paciente tenha o melhor acompanhamento e antimicrobiano possível. Isso evita que sejam aplicados inúmeros medicamentos até que um faça o efeito desejado”, explica o vice-diretor.
Os principais resultados obtidos pelo Pequeno Príncipe foram a redução de dias de uso de antimicrobianos, diminuição de custos e controle do avanço da resistência a esses fármacos.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).