Thelma Alves de Oliveira: amor pela poesia e garantia de direitos

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Thelma Alves de Oliveira: amor pela poesia e garantia de direitos

“Ver a realização do desejo do outro é o que nos dá gás. Tenho uma relação de muito carinho pelas equipes e pelas pessoas e isso é retribuído, porque vejo o esforço de colaboração muito grande.”
22/09/2020
O que trouxe Thelma Alves de Oliveira para o Pequeno Príncipe se conecta com as iniciativas adotadas pela instituição em relação à garantia dos direitos de crianças e adolescentes.

O que trouxe a profissional Thelma Alves de Oliveira para o Pequeno Príncipe se conecta com as iniciativas adotadas pela instituição em relação à garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Sua atuação na área de gestão de políticas públicas e projetos, bem como o amor pessoal pela poesia, fizeram com que encontrasse no Hospital o lugar perfeito para unir todos os aprendizados e experiências que obteve ao longo da vida. Há sete anos, Thelma atua no maior hospital pediátrico do Brasil como assessora da diretoria e busca, a cada novo dia, realizar sonhos que impactem todos que fazem parte dessa história centenária.

Um elo comum

“Antes de chegar ao Pequeno Príncipe, eu tive uma aproximação com a Ety Cristina no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA). Na época, nós duas alternávamos os cargos de presidência e vice. Em 2006, fui convidada a dirigir o Instituto de Ação Social do Paraná (IASP), que fazia a gestão do conselho. Neste período, houve uma rebelião horrível na qual sete adolescentes morreram. Foi a partir disso que criamos o banco de projetos, com a doação dirigida. Em uma reunião, que nunca vou me esquecer, a Ety disse – fazendo os gestos – que tinha que se segurar pelos próprios cabelos pela dificuldade que se tinha em captar recursos. E escrevemos esse projeto juntas. Fiquei dois anos em Brasília, atuando na área de direitos humanos e, quando voltei, em junho de 2013, a Ety me chamou para trabalhar ao lado dela no Hospital Pequeno Príncipe.”

A casa dos sonhos

“Quando cheguei, já se tinha uma semente da área de coordenação de projetos. E ao longo do tempo, organizamos a questão de pensar na demanda, entender o problema, escrever o projeto, definir a fonte mais adequada para financiar, gerir o dinheiro e prestar contas. Já entrei como assessora da diretoria, pois a ideia era justamente atuar nessas diferentes frentes da instituição, desde a gestão, o relacionamento e o planejamento estratégico. Hoje, sou muito grata em ver que nossa área é uma referência para as demandas que surgem, para que a gente pense em uma proposta, projeto ou emenda e possa subsidiar essa captação de recursos. É como se fosse uma casa dos sonhos. Analisamos as demandas que partem de necessidades reais, para que possamos ver se é viável tecnicamente e financeiramente. Contamos com uma estrutura pequena, mas com produtividade e compromisso muito grande – não só de volume de trabalho, mas em encontrar soluções. O Hospital, como um todo, conta com um perfil de pessoas extremamente comprometidas e dedicadas. É como se a instituição atraísse apenas quem realmente quer fazer a diferença.”

O amor à criança

“Meu tema comum de vida é o direito da criança e do adolescente. Eu sempre trabalhei com crianças e para as crianças, desde a época que finalizei a minha primeira graduação, na área de Educação Física. Tenho formação também na área de Psicologia, que nunca atuei, e em Administração Pública e isso me deu um conhecimento sobre um pouco de tudo. Em uma conversa com a Ety e a Fernanda, surgiu a ideia de fazer dois livros infantis, que estivessem relacionados à Campanha Pra Toda Vida. Lançadas em 2015, as obras são: ‘Eu sei de mim’, voltado a crianças de três a oito anos de idade, e ‘Eu sei de mim. Ah, sei sim’, indicado para faixa etária que vai de nove a 12 anos. O objetivo foi de ampliar o debate sobre a violência contra a criança, mas com uma linguagem sutil e acessível, como ferramentas de proteção. Para isso, utilizei a poesia, que se tornou uma das minhas paixões desde quando eu morei em Brasília.”

“Ver a realização do desejo do outro é o que nos dá gás. Tenho uma relação de muito carinho pelas equipes e pelas pessoas e isso é retribuÍdo, porque vejo o esforço de colaboração muito grande.”

Para guardar no coração

“As entregas dos projetos sempre me emocionam. Ver a transformação do que nosso trabalho faz no ambiente físico e nos processos é gratificante! Alguns exemplos são a revitalização do Programa Família Participante e a inauguração do Laboratório Genômico e do Centro de Simulação Realística. Entre as histórias, me lembro quando ficamos um tempão indo atrás de cama para o Hospital e quando a Junia veio agradecer, com todo o reconhecimento do esforço e tempo dedicado, foi muito bonito. Outra vez, a enfermeira Rubinéia ficou extremamente feliz quando recebeu um monitor para a Emergência SUS. Ela passava no corredor sorrindo e dizia que nunca ia esquecer o esforço que fizemos. Concretizar esses sonhos é muito gratificante. Ver a realização do desejo do outro é o que nos dá gás. Tenho uma relação de muito carinho pelas equipes e pelas pessoas e isso é retribuído, porque vejo o esforço de colaboração muito grande. A gente não faz nada sozinho, cada um dá o seu pedacinho.”

Continente Pequeno Príncipe

O Pequeno Príncipe é um lugar que une tudo o que aprendi profissionalmente ao longo da minha vida. Tenho a confiança da diretoria e a delegação de trabalho para poder explorar esses aprendizados, em relação ao direito de crianças e adolescentes, políticas públicas, administração e até mesmo a poesia, que é algo muito pessoal. Aqui, é um continente aberto, no qual posso ser eu mesma e que sinto que posso contribuir. Para mim, o Hospital é um lugar que eu caibo por inteiro. Pela idade que eu tenho, poderia nem trabalhar mais. Mas o que me faz continuar é justamente o que consigo realizar aqui e o sentido que isso faz para a minha vida. Uma das grandes percepções que tive do centenário foi que nós fizemos 100 anos junto com o Pequeno Príncipe. É uma passagem de um ciclo para outro. E, olha, 100 anos não é para qualquer um. É muita história, fortalecimento e pertencimento que abriram os próximos anos.  Aqui é um lugar que que vale a pena.”

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