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Manter a criança interior viva é essencial em todas as fases da vida
“Todas as pessoas grandes foram um dia crianças, mas poucas se lembram disso” já dizia O Pequeno Príncipe, obra clássica de Antoine de Saint-Exupéry. A infância é a fase em que não há limite para os sonhos, em que a imaginação é um verdadeiro poder e a alegria está presente nas coisas mais simples. Por isso, neste Dia das Crianças, o Hospital Pequeno Príncipe destaca a importância de cada adulto manter viva sua criança interior para também relacionar-se melhor com os pequenos.
Como é o caso da técnica de enfermagem Dayane Córdova, que cresceu rodeada por crianças e cativa os pacientes com sua alegria e cabelos coloridos. “Consigo me conectar mais com as crianças do que com os adultos. Vejo o que elas mais gostam de fazer e interajo e brinco com elas. O mundo é muito melhor com nossa criança interior. Levar a vida de forma séria demais entristece”, compartilha a profissional.
No Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO), local onde ela atua no Hospital Pequeno Príncipe, é comum que os medicamentos provoquem a queda de cabelos. Alguns pacientes optam por raspá-los totalmente, porém antes um pedido especial é frequente: deixar o estilo moicano igual ao da “tia Day” para fazerem fotos juntos. “Quando cheguei aqui, meu cabelo não era assim, mas uma menina disse para eu pintar de rosa e, desde então, só deixo colorido. As crianças adoram!”, completa a técnica de enfermagem.
Para os pacientes, é muito significativa essa troca, pois a linguagem é facilitada. Além disso, no dia a dia da rotina hospitalar, ela auxilia, inclusive, a adesão ao tratamento. “A partir do momento que o adulto se comunica de uma forma que a criança consegue entender, de forma lúdica e com brincadeiras, ela percebe o esforço do outro em se comunicar com ela, que há sensibilidade para o olhar dela para o mundo, e isso proporciona confiança na relação”, destaca a psicóloga Angelita Wisnieski da Silva, do Hospital Pequeno Príncipe.
Ela explica ainda que todos têm uma identificação com a infância, porque já a vivenciaram. E é por isso que quem procura trabalhar com esse público é porque tem mais contato com essa criança que já foi e ainda resta. “A infância é tudo que conhecemos, pois temos lembranças e recordações. Já a velhice é difícil, porque temos que nos projetar nessa fase, que parece mais distante”, diz.
Desperte a criança interior
A infância pode ser revivida por meio do simples ato de permitir-se viver. “É importante se divertir, brincar, relembrar o que fazia quando era criança e vivenciar isso sempre que possível. Viver com mais espontaneidade faz com que essa criança que vive em nós mantenha uma chama acesa”, acrescenta a psicóloga. O brinquedo, por exemplo, é considerado uma forma de linguagem muito positiva e que reflete a expressão da infância. “Por isso, depende muito do adulto permitir essa relação. Se permitir brincar – deixando a vergonha de lado e permitindo a imaginação fluir – para que a relação se estabeleça com as crianças”, finaliza.