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Wladyslawa Provessi: auxiliar de enfermagem há mais de 50 anos
Alemã de nascimento, Wladyslawa Provessi veio com os pais imigrantes para o Brasil, quando tinha três anos. Antes dos 18 anos iniciou o curso de auxiliar de enfermagem e foi aí que a sua história se entrelaçou com a do Hospital Pequeno Príncipe. Conheça os detalhes a partir de um depoimento recheado de preciosidades.
Início no Pequeno Príncipe
“Minha história no Hospital começou em 1º de abril de 1968. Depois de ter uma experiência como auxiliar de enfermagem no Hospital de Clínicas, conheci a Pediatria do César Pernetta – como o Pequeno Príncipe era chamado na época – e me apaixonei. Lembro que era tudo muito diferente. Nossas rotinas de cuidado envolviam desde dar banho nas crianças até arrumar o berço, levar a roupa para a lavanderia, varrer o quarto e depois cuidar da medicação e alimentação. Às sextas-feiras eram dias de limpar vidros e armários. Naquela época, os pais não ficavam com as crianças internadas. No domingo, quando era o momento de visita, nos dedicávamos para deixar todos os pequenos pacientes arrumados, com as roupas mais bonitas de doação. Também lembro que não existia álcool 70% e luvas, como temos hoje. Esses cuidados eram restritos ao Centro Cirúrgico. As seringas eram de vidro e precisavam ser fervidas para esterilizar. A agulha era de inox e precisava ser ‘apontada’ de tempos em tempos. Tudo era muito diferente. Tenho lindas lembranças desse período, em que o carinho pelos pacientes sempre vinha em primeiro lugar, assim como hoje.”
Do Centro Cirúrgico à Hematologia
“Comecei trabalhando no Centro Cirúrgico, quando aprendi a lavar os materiais, a preparar a sala para os procedimentos e a instrumentalizar durante a cirurgia. Depois, fiquei 11 anos no Centro de Hidratação, destinado para bebês de 0 a 1 ano, que precisavam de tratamento para pneumonia e diarreia. Na sequência, fui para a enfermaria com o dr. Lacerda, que era clínico geral, até chegar na Oncologia, onde estou até hoje. Lembro que a dra. Flora prescrevia as quimioterapias e eu ia até a Farmácia – até o nome do setor era escrito diferente, com PH – retirava a medicação e levava até o paciente. Com o tempo, aprendi a importância daquele medicamento contra o câncer e eu fui gostando cada vez mais de trabalhar aqui.”
“Eu amo tanto esse lugar que, quando chego em casa, me pergunto se gosto de ficar mais no meu lar ou aqui (risos).”
Orgulho de ser Pequeno Príncipe
“Tenho o maior orgulho de trabalhar no Hospital. Sou muito feliz por estar aqui todos esses anos. Eu amo tanto esse lugar que, quando chego em casa, me pergunto se gosto de ficar mais no meu lar ou aqui (risos). Participar do centenário do Pequeno Príncipe é gratificante, uma verdadeira alegria. Agradeço sempre a acolhida que recebi das Irmãs, direção e colegas de trabalho, além da Dona Ety, que tanto nos ajudou, e da minha família, que sempre foi compreensiva em dividir com o trabalho a atenção de mãe e esposa.”