Quem não pode acompanhar ao vivo, tem a oportunidade de assistir a esta emocionante celebração ecumênica pelo Canal do Pequeno Príncipe no Youtube por meio do link: https://www.youtube.com/watch?v=gya0Omw6nzU
Pequeno Príncipe realiza primeira celebração ecumênica em lembrança aos falecidos e vítimas da COVID-19
Junto com as incertezas de algo desconhecido, a pandemia de coronavírus também trouxe desafios como a partida inesperada, na maioria das vezes, sem a possibilidade de despedida de amigos, familiares e pessoas próximas. Em razão do momento atual, o Hospital Pequeno Príncipe, por meio do Serviço de Acolhimento Espiritual, promoveu no último sábado, dia 22, a primeira celebração ecumênica on-line em memória das vítimas da COVID-19 e outras mortes no período.
O evento contou com a presença de representantes de diferentes segmentos religiosos de Curitiba e foi transmitido pelo canal oficial do Complexo no YouTube. “Motivados pelo sentimento de solidariedade e compaixão a todos, especialmente amigos e colaboradores da instituição, nos reunimos em torno da luz e da esperança para refletirmos que a morte não é o fim, mas uma passagem da matéria do finito para o plano espiritual infinito”, lembrou Irmã Lourdes Nogueira na abertura do evento.
Durante a celebração, a diretora executiva do Hospital Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro, ressaltou o valor do amor que fica e inspira a continuar. “Nós estamos unidos pelo amor e é por meio dele que podemos multiplicar infinitamente todas as oportunidades, realizações e cuidados com o planeta e as pessoas. Aqueles que partiram serão lembrados e honrados eternamente”, completou.
Reflexões sobre o momento que vivemos
O pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Curitiba, Luiz Francisco Ferreira Junior, destacou a união da sociedade em momentos difíceis. “Uma das formas de Deus unir é a dificuldade compartilhada. Nós estamos aqui hoje não porque temos as mesmas religiões, mas sim porque todos temos a mesma dor. Perdemos entes queridos, passamos dificuldades, e isso nos ajuda a entender que precisamos viver em união”, afirmou.
A representante das religiões de matriz africana do Paraná, Iyagunã Dalzira Maria Aparecida, enfatizou a importância do acolhimento ao próximo. “Esse momento vai ser de dor, de sofrimento, mas estamos pensando mais uns nos outros. O Pequeno Príncipe já me acolheu quando eu precisei e, hoje, eu acolho as pessoas que estão precisando. Devemos fazer isso com carinho, com palavra, dizendo que vai passar e que precisamos ser fortes”, destacou.
Para o Padre Mário Arriello, da Paróquia São José Trabalhador, a esperança e as boas lembranças são o que devem permanecer fortes em cada um. “O que podemos fazer nesse momento de dor? Ter esperança. O mundo precisa de esperança. É importante falarmos das dores, falar das pessoas que partiram, mas é ainda melhor falar de uma maneira positiva de tudo o que eles nos deixaram, porque somente levamos na memória aquelas pessoas que nos tocaram profundamente”, finalizou.