O projeto
O projeto cultural Nascentes, Corredeiras e Cachoeiras do Alto Iguaçu envolveu, além do livro lançado nesse domingo, diversas atividades. Oficinas teóricas e práticas, por exemplo, foram realizadas no Hospital Pequeno Príncipe. Elas tiveram o objetivo de despertar nos pequenos pacientes em tratamento na instituição, bem como em seus familiares, a importância da água para se viver. Durante as atividades, foram construídos filtros e terrários, exibidos documentários e apresentada uma peça teatral.
A iniciativa foi viabilizada pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e teve o patrocínio das seguintes empresas: UEG Araucária, DHL, Balflex, Grupo Pegoraro – Deycon, Ravato, Nunesfarma e Metzler.
Livro dá visibilidade ao Alto Iguaçu e chama atenção para a revitalização do rio
Você sabia que o rio Iguaçu nasce em Curitiba, no encontro das águas dos rios Atuba e Iraí, e que seu marco zero fica ao lado de uma ponte na BR 277, na divisa da capital e de São José dos Pinhais? Essas e outras curiosidades são contadas no livro Nascentes, Corredeiras e Cachoeiras do Alto Iguaçu, que foi lançado nesse domingo, dia 10, no Museu Paranaense. A obra – que faz parte de um projeto cultural que tem o Hospital Pequeno Príncipe como instituição beneficiada – dá visibilidade ao Alto Iguaçu e chama a atenção dos leitores para a necessidade de revitalização do rio.
Assinado pelo ambientalista, ativista e gestor José Álvaro da Silva Carneiro, o livro detalha, por meio de muitas fotografias e relatos, a região do Alto Iguaçu, um trecho de aproximadamente 90 quilômetros que vai do seu início, na capital paranaense, até o município de Porto Amazonas. Nesse trajeto, passa por São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária, Balsa Nova e Lapa, com belos cenários a serem descobertos, entre curvas, cachoeiras, corredeiras, trechos de ferrovias e pontes. A cada página da obra, são abordados seus aspectos históricos, sua paisagem e seus contrastes.
“Quando desci o Iguaçu pela primeira vez, em 1994, me dei conta de que não conhecia o rio. Quando desci pela segunda vez, em 2002, passei a ter uma certeza: quase ninguém conhecia o rio”, afirmou Carneiro, que é diretor corporativo do Complexo Pequeno Príncipe. “Na medida disso, sempre cogitei fazer um relato com muitas imagens do primeiro trecho do Iguaçu. Isso porque é uma região muito próxima da gente, muito degradada e pouco conhecida, porém com lugares lindos”, completou.
O autor ressaltou que o chamado Alto Iguaçu não tem a mesma visibilidade que a região das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, por exemplo. Porém, segundo ele, é de grande relevância para quem vive nas cidades que estão localizadas em sua bacia. E fez um alerta: o trecho precisa de ajuda. “O livro é um pouco de provocação a todos nós. Será que tal qual sociedade vamos algum dia ter a maturidade de fazer algo bem positivo, contínuo, envolvendo as crianças aqui de Curitiba e Região Metropolitana na recuperação do rio e de seu entorno? Esse é o grande objetivo, e espero que o trabalho em equipe e a obra consigam alcançá-lo”, enfatizou.
Saiba mais sobre o livro
Nascentes, Corredeiras e Cachoeiras do Alto Iguaçu apresenta ao público uma visão integrada e inédita a respeito desse trecho do rio. Em edição bilíngue, reúne mapas, fotos históricas, imagens captadas durante expedições aéreas e fluviais e textos baseados em pesquisas históricas, além de material colhido durante as viagens, como observações sobre pessoas, flora, fauna, construções e cenários naturais.
O livro é assinado por Carneiro e sua elaboração contou com uma equipe formada pela pesquisadora Luciana Patrícia de Morais e os fotógrafos Mariana Marquez Carneiro e Hudson Garcia. A obra será vendida na loja de produtos sociais do Pequeno Príncipe a partir desta semana e toda renda será destinada ao Hospital. Além disso, 20% da tiragem será distribuída para bibliotecas dos municípios que compõe a bacia do Alto Iguaçu.