Fábio Giordan: o tio grandão
– Alô, é do voluntariado?
– É sim, o que você gostaria?
– Eu queria um carrinho para brincar, mas, por favor, quero que o tio grandão me entregue.
Ligações como essa são frequentes no setor de voluntariado do Hospital Pequeno Príncipe. Tamanho carinho, não é em vão. Fábio Giordan faz por merecer. Há quase dois anos na instituição, além de fãs, o voluntário de 2m conquistou diversas experiências responsáveis por mudar seu jeito de ver o mundo.
Fábio começou sua história no Pequeno Príncipe em 2011, quando Anderson Varejão – um astro do basquete – visitou o Hospital. Na ocasião, ele assessorou o encontro e junto com o esportista arrecadou muitos quilos de alimentos em prol da instituição. Fábio nem imaginava, mas três anos depois do ocorrido teria que retornar ao Pequeno Príncipe, mas desta vez o motivo não foi tão legal. Sua filha ficou internada.
Há males que vêm para o bem, diz o ditado. No período de hospitalização, Fábio Giordan participou de várias oficinas promovidas pelo setor de voluntariado do Pequeno Príncipe. “Foi nesses momentos que começou a minha história na instituição. Minha filha deixou o Hospital depois de dez dias, e eu entrei para nunca mais sair”, disse. Depois do ocorrido, Fábio se inscreveu para ser voluntário.
O jaleco amarelo que veste é motivo de orgulho. “Este é o combustível que me move”, declarou. Para ele, ser voluntário é prestar um serviço ao próximo, estender a mão diante das fraquezas. “Nada é tão lindo quanto receber um ‘Deus lhe pague’ de uma criança, essa é a coisa mais pura de se ouvir”, relatou emocionado.
Para as colegas de serviço, o voluntário é um exemplo. “Ele nos auxilia sempre que precisamos, no que precisamos. É um colaborador completo”, disse a psicóloga do Setor de Voluntariado, Mariana Mansur. Já as crianças garantem, Fábio é um sucesso. O tio grandão é sempre solicitado seja para brincar ou apenas conversar. O motivo é simples: Fábio ama o que faz.