Alta complexidade: o que faz o Pequeno Príncipe ser referência?

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O que faz o Hospital Pequeno Príncipe ser referência em alta complexidade?

A instituição, que em outubro completará 103 anos, oferece 35 especialidades médicas que contam com equipes multiprofissionais especializadas
10/10/2022
alta complexidade
O Hospital Pequeno Príncipe é referência em média e alta complexidade e realiza mais de 14 mil cirurgias por ano.

 

Milhares de crianças e adolescentes já tiveram a vida transformada no Hospital Pequeno Príncipe, o maior exclusivamente pediátrico do Brasil e reconhecido como o melhor pediátrico da América Latina no ranking da revista norte-americana Newsweek. A instituição realiza mais de 200 mil atendimentos ambulatoriais por ano e é referência em procedimentos de alta e média complexidade. Mas, afinal, o que isso quer dizer?

O Ministério da Saúde delimita o Sistema Único de Saúde (SUS) – para o qual o Pequeno Príncipe realiza cerca de 60% de seus atendimentos – em três áreas: atenção básica, média e alta complexidade. A atenção básica é o primeiro nível de assistência, que visa à promoção e manutenção da saúde, bem como à prevenção de doenças. Já a média complexidade envolve os problemas mais frequentes e simples da população, mas que precisam de intervenção hospitalar.

A alta complexidade, por sua vez, é a área que demanda alta tecnologia e alto custo para propiciar serviços qualificados, além de integrar os demais níveis já citados. “A alta complexidade envolve maior quantidade de recursos humanos, com uma equipe multiprofissional capacitada, além de melhor estrutura tecnológica para gerar resultados com excelência em questões complexas”, explica o diretor-técnico do Hospital Pequeno Príncipe, Donizetti Dimer Giamberardino Filho.

Entre os serviços, o médico destaca a assistência ao paciente oncológico, pois exige diferentes profissionais, infraestrutura de ponta, recursos diagnósticos, terapias e medicações específicas. O Serviço de Oncologia e Hematologia do Hospital Pequeno Príncipe está entre os maiores do Paraná – de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) – e é um dos mais importantes do Brasil na área de pediatria. Somente em 2021, foram realizadas 2.637 sessões de quimioterapia na instituição.

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A instituição é referência em cirurgias neonatais, cardíacas e oncológicas pediátricas.

Alta complexidade e tecnologia de ponta

Dos 378 leitos, 68 são UTIs e dez são destinados para TMO. A instituição, que realiza mais de 14 mil cirurgias, é referência em cirurgia pediátrica e é considerada o maior centro brasileiro em volume desse tipo de procedimento, que engloba cirurgias de grande, médio e pequeno porte. O serviço também recebe um grande número de pacientes neonatos, com malformações congênitas, e é referência em cirurgias neonatais, cardíacas e oncológicas pediátricas. Devido à complexidade dos pacientes, mesmo as cirurgias consideradas simples passam a ser complexas.

O Hospital conta, ainda, com equipamentos modernos e que proporcionam um atendimento mais completo. A mesa cirúrgica Allen é um deles. Única no Brasil, ela permite a realização da cirurgia de coluna com benefícios do posicionamento, diminuindo o tempo da operação e proporcionando mais conforto ao paciente. A terapia de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO, na sigla em inglês), que começou a ser aplicada em 2021 no Hospital, também é um exemplo de investimento de alta tecnologia e alto custo. Seu papel é substituir temporariamente o coração e os pulmões de pacientes que precisem poupar esses órgãos para o tratamento.

Entre as cirurgias mais delicadas estão os transplantes, os quais exigem cuidado redobrado e técnicas especializadas quando realizados em crianças e adolescentes. Em 2021, mesmo em um ano pandêmico, o Hospital atingiu uma marca histórica na realização desses procedimentos. Foram 122 transplantes ósseos, 18 renais, dois cardíacos, 45 de válvulas cardíacas e 24 de fígado.

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Os serviços de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea estão entre os mais importantes do país na área de pediatria.

 

Transplante de medula óssea (TMO)

Com 11 anos de atuação, o Serviço de TMO do Pequeno Príncipe se tornou uma das principais referências na América Latina, principalmente na área de transplantes alogênicos, quando as células transplantadas vêm de outro doador. Durante esse período, foram mais de 400 vidas transformadas e, atualmente, 30% dos procedimentos realizados são em pacientes com doenças raras.

O reconhecimento nacional e internacional também se deve aos procedimentos realizados com doadores haploidênticos – quando a compatibilidade não é de 100%, uma vez que encontrar um doador compatível é um dos grandes desafios para realizar um TMO. Mesmo diante do cenário de pandemia provocado pelo coronavírus, o Hospital realizou 73 transplantes em 2021. Neste ano, só no primeiro semestre, 29 crianças e adolescentes foram transplantados.

Equipes essenciais para a alta complexidade

E, em meio a suas 35 especialidades médicas, o que se destaca são as equipes multiprofissionais especializadas, pois são exemplos de dedicação, excelência, aprimoramento contínuo e, acima de tudo, amor ao próximo. “Somos uma instituição hospitalar especializada em pediatria, com ênfase em doenças de alta complexidade. Para manter a qualidade na assistência, há necessidade da prática de uma medicina de precisão, seja para o diagnóstico ou para o tratamento. Em nossos valores, além da defesa da ciência, defendemos a equidade, a solidariedade e o humanismo. Neste sentido, investir nas pessoas representa nosso motivo existencial”, finaliza Donizetti.

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