Diagnóstico precoce é fundamental para o controle e a redução da doença falciforme
Estima-se que a cada ano nasçam 300 mil crianças com doença falciforme no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma das maneiras de identificar a enfermidade é por meio do Teste do Pezinho, realizado nos primeiros dias de vida. Por conta disso, neste Dia Mundial da Doença Falciforme, 19 de junho, o Hospital Pequeno Príncipe ressalta a importância do diagnóstico precoce para o controle e a redução dos impactos da enfermidade.
A doença é hereditária, causada pela presença de uma hemoglobina – proteína responsável pelo transporte de oxigênio aos tecidos do corpo – mutante de ambos os genitores. “A identificação ainda nos primeiros dias de vida faz com que haja um controle das complicações dessa enfermidade, por meio do uso de um antibiótico de prevenção”, destaca a hematologista pediátrica do Pequeno Príncipe, Edna Kakitani Carboni.
As hemácias das pessoas com doença falciforme sofrem alterações em sua forma. Elas adquirem o formato de uma foice ou meia lua e se tornam mais rígidas. “Isso faz com que a passagem pelos vasos sanguíneos seja dificultada, o que compromete a circulação do sangue e oferta de oxigênio aos tecidos”, aponta a médica.
De acordo com a hematologista, essa modificação pode causar anemia, dor óssea, inchaço nas mãos e nos pés, cor amarelada nos olhos e risco aumentado de infecções. “O tratamento consiste na prevenção dessas situações. Quando elas ocorrem, é preciso procurar um médico, que vai ou não indicar a necessidade de internação. O ideal é que as pessoas com doença falciforme tenham um acompanhamento regular, a cada dois ou três meses”, aponta a profissional.