André Sester Retorta completou 20 anos no dia 29 de junho. As comemorações, no entanto, começaram uma semana antes, com amigos que ele conheceu no seu primeiro e desafiador dia de vida: a equipe da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Pequeno Príncipe. E todos os anos tem sido assim: o jovem e sua família fazem questão de levar um bolo para a equipe que cuidou de André nos seus primeiros 47 dias de vida. “Vocês batalharam junto comigo. Tenho muita gratidão por toda dedicação que tiveram comigo e com tantas outras crianças”, declarou André ao cortar o bolo.
Mirian Sester Retorta, mãe de André, contraiu toxoplasmose durante a gestação. André nasceu praticamente sem vida, precisou ser reanimado e foi imediatamente transferido para a UTI Neonatal do Pequeno Príncipe. A equipe do Hospital trocou informações com médicos da Inglaterra e, juntos, os profissionais conseguiram fechar o diagnóstico de André. “Ele estava sofrendo uma espécie de efeito colateral do remédio que tomei para combater a toxoplasmose. Com isso, tinha uma grande deficiência de plaquetas no sangue”, contou Mirian. Com o diagnóstico fechado, o tratamento certo logo começou a dar resultado. Mas ainda havia o medo das possíveis sequelas deixadas pela toxoplasmose, como a surdez, por exemplo.
“Ele ficou 47 dias na UTI e um ano inteiro no Hospital. O primeiro aniversário dele foi aqui dentro e, por isso, no ano seguinte, resolvemos trazer o bolo como forma de agradecimento. E estamos fazendo isso já há 20 anos”, lembrou a mãe.
“As pessoas normalmente percebem a UTI como um lugar ruim, mas nós tivemos outra experiência. Nós, até hoje, temos amigos que fizemos lá dentro e temos uma história linda de superação”, disse José Retorta Garcia, pai de André.
Hoje, André cursa faculdade de Economia e trabalha em uma empresa de agenciamento de cargas e desembaraço aduaneiro.
Clique aqui e veja como foi a comemoração de 20 anos de André com a equipe da UTI Neonatal.
UTI Neonatal
A UTI Neonatal do Hospital Pequeno Príncipe foi inaugurada em 1991. Conta com 20 leitos, todos de complexidade extrema. E acaba de fechar uma parceria com o Children’s National Hospital, de Washington, D.C. (EUA) – considerado um dos dez melhores hospitais infantis dos Estados Unidos e que conta com a melhor UTI Neonatal ranqueada no país – para o desenvolvimento de um projeto de telemedicina.
De um lado, estará a equipe do Pequeno Príncipe à beira do leito dos pequenos pacientes, com câmeras de alta definição, indicando todos os instrumentos que estão mantendo a criança monitorizada e ainda todos os dados pregressos da criança. De outro lado, a equipe médica do Children’s National Hospital discutirá caminhos alternativos ou endossará o tratamento vigente.
Os bebês prematuros atendidos na UTI do Pequeno Príncipe são procedentes de maternidades diversas, com quadros cirúrgicos ou clínicos. O serviço também recebe bebês não prematuros, com doenças não diagnosticadas em outros serviços ou especialmente encaminhados para tratamento cirúrgico de malformação; doença progressiva neurológica, renal, cardíaca ou abdominal; e cirurgias neurológicas complexas com necessidade de reabordagens sequenciais programadas, entre outras patologias graves.
“Queremos proporcionar o melhor tratamento, com extrema qualidade, e o menor tempo de internação. Buscamos inovações tecnológicas e novas práticas médicas para atingirmos o objetivo da restauração da saúde do paciente”, enfatizou a coordenadora da UTI Neonatal do Hospital, Silmara Possas.
Instituição conquistou o Nível 3 da ONA, a mais importante certificadora de serviços de saúde do Brasil
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