A campanha – ação 2023

Diariamente, crianças e adolescentes têm a vida comprometida por conta da violência – na maioria das vezes praticada por alguém que deveria protegê-los por fazer parte do seu vínculo familiar. Não podemos ficar indiferentes! Precisamos agir, tanto para fomentar o tema quanto para denunciar abusos. Não há tempo a perder!

Em 2022, o Hospital Pequeno Príncipe atendeu 652 crianças e adolescentes por suspeita de abuso e maus-tratos. Desses, 375 foram atendidos por conta de violência sexual – sendo que as menores tinham apenas 4 meses de vida.

Na maioria das vezes a violência é praticada por pessoas do seu vínculo familiar, que é quem justamente deveria proteger. Infelizmente, o lugar em que crianças e adolescentes mais sofrem violência é dentro da própria casa. No ano passado, em 67% dos casos atendidos no hospital, a natureza da agressão foi doméstica.

Não podemos ficar indiferentes! Como sociedade, não podemos mais tratar esse tema como um tabu, mas trazê-lo para a discussão. Os impactos físicos e psicológicos dos diferentes tipos de violência são enormes e comprometem o desenvolvimento infantojuvenil de milhares de crianças. A denúncia – que pode ser anônima – em caso de suspeita de violação de direitos é imprescindível.

Junte-se ao Pequeno Príncipe e mobilize mais pessoas a se engajarem com a causa da proteção infantojuvenil.

Atenção com a saúde mental
Um aumento de 32,69% foi registrado de 2021 para 2022 dos casos de crianças e adolescentes que foram atendidos por conta de autolesões. É um dado alarmante que reforça a importância da atenção com a saúde mental na infância.
Das 69 ocorrências que chegaram ao Pequeno Príncipe, 56 foram por conta de ideação ou tentativa de suicídio, sendo que 24 precisaram de hospitalização. As menores vítimas tinham apenas 11 anos.
Mudanças repentinas de comportamento, baixa autoestima, queda no desempenho escolar, falta de vontade de ir à escola, automutilação, excesso ou falta de apetite, agressividade, recusa ou dificuldade para dormir podem ser indícios de que essa criança precisa de ajuda. O acolhimento por parte da família ou pessoas do seu vínculo afetivo e o acompanhamento com especialistas são fundamentais para o controle e prevenção desse problema.

Mobilização social
O Pequeno Príncipe trabalha diariamente para evitar casos de agressões e abusos contra meninos e meninas, e, desde a década de 1970, mobiliza a população para colaborar com a superação da violência contra o público infantojuvenil. A instituição faz parte da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência e mantém a constante capacitação e atualização dos profissionais que atuam no atendimento às vítimas de violência.

O Hospital também realiza, há mais de 15 anos, a Campanha Pra Toda Vida – A Violência não Pode Marcar o Futuro das Crianças e Adolescentes. A importância da iniciativa foi reconhecida, inclusive, com a conquista do Prêmio Criança 2016, concedido pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente a projetos inovadores voltados à primeira infância.

Neste 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, o Pequeno Príncipe chama atenção sobre a importância de todos os atores sociais estarem atentos ao combate à violência contra crianças e adolescentes e tomarem atitudes que possam mudar a vida de meninos e meninas. É preciso dar ainda mais visibilidade a essa causa. Que cada cidadão possa ser agente de proteção no seu dia a dia em seu meio. Não basta indignação, é preciso ação!

Se observar situações que possam indicar ocorrência de agressão, como gritos e choro excessivos, denuncie! As denúncias podem ser anônimas pelos números 156 (Prefeitura de Curitiba), 181 (Disque-Denúncia estadual) ou 100 (Disque-Denúncia nacional)..

AS CRIANÇAS PRECISAM DA SUA ATENÇÃO! VIOLÊNCIA NÃO!

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