Pequeno Príncipe inaugura oito novos leitos de terapia intensiva

Implantada com o apoio da Volkswagen e do Governo do Estado, estrutura aumenta em 12% a capacidade de vagas em UTIs

No dia 18 de março, o Hospital Pequeno Príncipe inaugurou oito novos leitos em unidades de terapia intensiva (UTIs). Com a ampliação, a instituição aumentou em 12% a sua capacidade de vagas em UTIs, passando a contar com 76 leitos destinados à alta complexidade. O investimento foi possível graças ao apoio da Volkswagen do Brasil, que destinou R$ 4,8 milhões ao Pequeno Príncipe por meio do programa de incentivos do governo estadual, o Paraná Competitivo.

As novas instalações vão atender crianças e adolescentes de 0 a 18 anos em tratamento clínico, pré-cirúrgico e pós-operatório nos serviços da instituição ligados à cardiologia. Em sua maioria, esses pacientes foram submetidos ou estão sendo preparados para procedimentos invasivos, como cateterismos, transplantes e cirurgias cardíacas de grande porte – a maior parte em pacientes recém-nascidos.

A nova UTI está instalada em uma área de 200 metros quadrados e conta com uma infraestrutura de alta tecnologia. Os boxes são individualizados, e as ilhas de atendimento são exclusivas e completas, deixando à mão do profissional todos os materiais necessários para um atendimento de excelência.

Demanda

De acordo com a médica neonatologista Silmara Possas, hoje a demanda por leitos de UTI no Hospital é alta porque são muitos os pacientes de fora de Curitiba que buscam atendimento de alta complexidade na instituição. A UTI de Cardiologia já existente tem 18 leitos e sua ocupação ultrapassou os 93% em 2023. Como os casos atendidos são complexos, o tempo médio de permanência de cada paciente também é prolongado, chegando a quase nove dias. “A expertise da equipe e o número de cirurgiões que temos fazem com que o Pequeno Príncipe seja bastante procurado para a realização de cirurgias cardiopediátricas de elevada complexidade e que recebem suporte das diversas especialidades oferecidas pelo Hospital”, ressalta a especialista.

A gestora destaca que o modelo de quartos individualizados, garantido por meio dos recursos recebidos, pretende reduzir o tempo de hospitalização dos pacientes em pelo menos um dia. “A evolução de um paciente também depende da tranquilidade, da quietude e da presença dos pais, que precisam estar confortáveis para suportar o período de terapia intensiva do filho. O tratamento clínico é o mesmo, mas se eu tenho uma mãe acompanhando seu filho por 24 horas certamente o tempo de internação será reduzido. Essas unidades são capazes de propiciar um atendimento mais confortável para a criança, sua família e toda a equipe assistencial”, considera a médica. Mantendo a característica de outros espaços do Pequeno Príncipe, a identidade visual lúdica também contribui com um ambiente mais acolhedor e humanizado.

Formada por médicos, enfermeiras e técnicas de enfermagem, a equipe altamente qualificada do novo setor contará com o suporte de colaboradores administrativos e de apoio, além da equipe multiprofissional com fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo e suporte de médicos de 47 especialidades e áreas de atuação da pediatria.

Apoio

A implantação da nova estrutura com as características de inovação e as vantagens oferecidas pelos novos leitos de UTI não seriam possíveis sem o aporte da Volkswagen. O apoio da empresa, que mantém uma unidade em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, estreita ainda mais o relacionamento com o Pequeno Príncipe. A parceria, que teve início em 2009, garantiu recursos por meio da Lei de Incentivo Fiscal e de investimento direto. Atualmente, o incentivo fiscal é realizado pela Volkswagen Financial Services, maior financeira de montadora do país, segundo ranking do Banco Central.

Para o diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, José Álvaro da Silva Carneiro, a inauguração é um exemplo de como a união de esforços dos setores da sociedade pode contribuir para a causa da saúde pediátrica. “Somos gratos à Volkswagen e ao Governo do Estado, porque isso só se viabiliza na convergência desses dois atores. O recurso vai possibilitar a continuidade a tudo que fazemos, deixando-nos mais aptos para momentos críticos quando há, por exemplo, a necessidade de cuidados intensivos. Somos uma referência em alta complexidade não só no estado, mas no Brasil. A criançada só tem a agradecer”, afirma.

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