Marli Gonçalves Lobatscheff: mais de três décadas de dedicação e comprometimento

A colaboradora Marli Gonçalves Lobatscheff passou metade da sua vida trabalhando no Pequeno Príncipe. Ela relembra a trajetória dessas mais de três décadas de dedicação, comprometimento e gratidão à instituição.

O início

“Minha família morava em Curitiba e vim de Londrina para cá em função de um problema de saúde do meu marido. Uma conhecida que trabalhava na Farmácia do Hospital me orientou a preencher a ficha para uma vaga. Fui chamada e admitida em 20 de fevereiro de 1986. Lá se vão 33 anos. Sempre trabalhei na Farmácia. Quando cheguei, o setor funcionava onde está hoje, mas ocupava somente a parte do térreo, era bem menor e totalmente diferente. Lembro que as seringas eram de vidro. Entregávamos as bandejas com os medicamentos e os materiais para os cuidados em saúde prontos para os setores. Era tudo junto. Não havia divisões de tarefas. Os profissionais atendiam a todas as enfermarias e áreas do Hospital. A nutrição parenteral também era preparada na Farmácia naquela época. Eu sou do tempo em que a Dona Ety ia até a Farmácia para tomar café. Era uma troca muito grande. Hoje, essa prática não existe mais, mas a consideração e o carinho continuam.”

Evolução

“Dos fatos marcantes que vivenciei neste período da Farmácia, recordo do primeiro transplante de rim. Foi uma revolução, um marco histórico. Lembro também de vários momentos de mães lutando pelos medicamentos necessários para o tratamento. Remédios que eram novos e difíceis de conseguir. E, quando chegavam ao Hospital, era uma conquista muito grande, uma comemoração de todos. Tive o privilégio de participar de grandes evoluções na Farmácia. É algo que emociona. É um pedacinho do Hospital que ajudei a construir e isso é um orgulho muito grande para mim. As mudanças melhoraram o funcionamento, pois o Hospital cresceu bastante.”

“Trabalhar no Pequeno Príncipe me fez uma pessoa melhor. Aqui é especial para mim. É amor, é carinho todo o dia.”

Gratidão

“O reconhecimento da direção e dos colegas é maravilhoso. Tive um problema de saúde e a equipe foi muito compreensiva e isso me emociona muito. Trabalhar no Pequeno Príncipe me fez uma pessoa melhor. Aqui é especial para mim. É amor, é carinho todo o dia. Quem não tem amor, não pode trabalhar aqui. Fazer parte deste momento histórico do centenário é um orgulho muito grande. Eu faço parte dessa trajetória. Eu acompanho tudo o que é do Pequeno Príncipe. Só tenho a agradecer. Trabalhando aqui, consegui formar a minha filha como advogada. Hoje, ela é casada e eu tenho um neto. Tudo isso aconteceu enquanto eu fazia parte da história do Pequeno Príncipe. Estar aqui nestes 100 anos é uma glória”.

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