Luiz Antonio Munhoz da Cunha: mais de 40 anos no Serviço de Ortopedia

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Luiz Antonio Munhoz da Cunha: mais de 40 anos no Serviço de Ortopedia

“Por onde passei, levei o Pequeno Príncipe, sempre com orgulho em trabalhar aqui. Essa instituição é parte da minha vida, assim como eu sou parte da história dela.”
05/12/2019
Luiz Antonio Munhoz da Cunha
O médico Luiz Antonio Munhoz da Cunha é chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Pequeno Príncipe.

O médico Luiz Antonio Munhoz da Cunha começou a trabalhar no maior hospital pediátrico do Brasil em 1979, porém, a sua história com o Pequeno Príncipe teve início em 1974, quando ainda era acadêmico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na época, o antigo Hospital de Crianças César Pernetta recebia os estudantes para as aulas, por ser referência em Pediatria e tratar patologias raras. A partir de então, o médico teve ainda mais certeza que gostaria de atuar na área de Ortopedia Pediátrica e esse foi apenas o início da sua missão de transformar vidas.

Berço da pediatria

“Sempre quis trabalhar com crianças. Por conta de ter um contato forte com o Pequeno Príncipe, que era o berço da Pediatria no Paraná, acabei vindo para cá. Passei um tempo fora fazendo especialização em Ortopedia Pediátrica nos Estados Unidos e, quando voltei, praticamente morava no Hospital, pois, além de médico, era também o preceptor dos residentes. Quando passamos a atender pelo SUS, nosso atendimento cresceu muito. Antes, atendíamos três dias da semana, com uma média de sete crianças. Hoje, atendemos todos os dias, com 500 crianças por semana, aproximadamente.”

Evolução

“No início, a Ortopedia era formada por mim e pelo dr. Sobania, o chefe do serviço na época. Atualmente, somos em 15 médicos, que atuam em subespecialidades como deformidades da coluna vertebral, enfermidades congênitas do quadril e pé-torto congênito, por exemplo. Ao longo desses anos, tudo me marcou muito. Antigamente, as internações eram muito longas. Tínhamos 40 leitos que ficavam praticamente sempre ocupados. As crianças vinham com as famílias de fora do estado e ficavam aqui, sozinhas, sendo cuidadas pelas freiras e pelo corpo assistencial até conseguirem uma data de cirurgia. Na época, não havia Programa Família Participante e Voluntariado. A gente mesmo contava histórias para as crianças, trazíamos doces – quando podiam comer – e comemorávamos os aniversários. Tínhamos um vínculo muito grande – seja entre médicos, colaboradores ou pacientes. Éramos uma verdadeira família. Hoje, a média de internação é de um dia, pois agendamos a cirurgia e as famílias vem com a ambulância. Isso foi possível por conta do avanço das tecnologias, aquisição de equipamentos mais completos e aperfeiçoamento técnico-científico.”

Atuação

“Sou o chefe do Serviço de Ortopedia Pediátrica e Traumatologia no Hospital Pequeno Príncipe, mas tive o privilégio de passar pelas outras unidades também. Atuei como diretor médico do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e diretor de ensino e pesquisa da Faculdades Pequeno Príncipe. Na instituição, tive a chance de fundar a cooperativa dos médicos e ser o coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. Paralelo a tudo isso, fundei a Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica e atuei em diferentes presidências da área, além de representar o Hospital nos conselhos de Medicina por um período. No Congresso Criança 2000, controlei um módulo sobre reabilitação, que é parte essencial da Ortopedia. Junto com um grupo de médicos que atendiam pacientes com mielomeningolece, e ao lado do dr. Ernesto, tive a oportunidade de participar da fundação do Programa Appam. Estamos com planos para oferecer ainda mais saúde, com qualidade de vida às crianças.”

“Por onde passei, levei o Pequeno Príncipe, sempre com orgulho em trabalhar aqui. Essa instituição é parte da minha vida, assim como eu sou parte da história dela.”

Carinho fraterno

“Fazemos pelo bem, tudo o que é possível para quem precisa. Tenho um carinho fraterno por toda a instituição. Dos 100 anos, eu participei de 40%. Por onde passei, levei o Pequeno Príncipe, sempre com orgulho em trabalhar aqui. Essa instituição é parte da minha vida, assim como eu sou parte da história dela. Sempre me identifiquei com a Dona Ety, que é uma mulher socialmente correta, que possui muita sinceridade e amor pelas crianças. Tenho orgulho em estar aqui e contar com uma equipe que é número um para formar especialistas em Ortopedia Pediátrica e que é referência nacional. Temos muitas histórias de troca de conhecimentos, experiências e, acima de tudo, comprometimento com os pacientes.”

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