Entre os projetos que já estão em andamento, destacam-se as soluções TytoCare e brain4care
O Complexo Pequeno Príncipe, que há 100 anos se dedica a cuidar da saúde de crianças e adolescentes por meio da assistência, do ensino e da pesquisa, está inaugurando o seu Escritório de Inovação. A centenária história da instituição é marcada por iniciativas inovadoras que tornaram possível o pioneirismo em diversas áreas, como procedimentos de grande porte em pacientes pediátricos, práticas humanizadoras e novas formas de diagnóstico e tratamento. “Estamos realizando um sonho que é oficializar o nosso Escritório de Inovação, sonho este que foi compartilhado e impulsionado pelo cientista Sérgio Mascarenhas, nossa grande inspiração para mais este importante passo”, conta a diretora executiva do Hospital Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.
Mascarenhas é um grande incentivador da inovação no Pequeno Príncipe. “Considero o Hospital Pequeno Príncipe um exemplo centenário para o Brasil como hospital, instituição de ensino e equipes integradas e interdisciplinares. É uma grande honra para mim colaborar com essa grande instituição”, declara.
O responsável pelo Escritório de Inovação, Guilherme de Rosso Manços, explica que o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e a Faculdades Pequeno Príncipe serão beneficiados de forma integrada com o Hospital, e a atuação se dará em quatro frentes distintas de trabalho: cultura de inovação; inovação aberta; propriedade intelectual e transferência de tecnologia; e eventos e redes de inovação. O desenho dessas frentes também contou com apoio do grupo de Negócios Tecnológicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
“A criação do Escritório de Inovação irá potencializar nossa capacidade institucional de inovação para proteger nossas crianças e nossos adolescentes, e também a vida do planeta, e permitirá nos mantermos alinhados com as melhores práticas de inovação em relação a outras instituições pioneiras no Brasil e no exterior”, enfatiza.
TytoCare
A TytoCare é uma tecnologia israelense que está sendo trazida ao Brasil, de forma inédita, pelo Hospital Pequeno Príncipe. As negociações tiveram início há cerca de dois anos e agora o produto está prestes a entrar no mercado. “Trata-se de um equipamento que certamente vai revolucionar as práticas de telemedicina”, afirma o diretor corporativo do Complexo, José Álvaro da Silva Carneiro.
O pequeno aparelho permite medir a temperatura e aferir a frequência cardíaca do paciente, fazer ausculta do coração, pulmões e região abdominal, e gerar imagens da garganta, do ouvido e da pele. Tudo isto com a acurácia exigida pelos rígidos padrões da medicina. O dispositivo portátil é acompanhado de um aplicativo que orienta a realização desses exames em casa e transmite os dados em tempo real para uma central que pode ser acessada à distância pelos médicos.
O equipamento já está em uso no Pequeno Príncipe para fins de pesquisa clínica e em breve deverá estar no mercado e na casa das famílias. “Com o equipamento Tyto, um profissional de saúde pode examinar, diagnosticar e tratar muitas das condições mais comuns, como infecções de ouvido, gripes e resfriados, febre, dores de cabeça, irritação ocular, congestionamento, sinusite, alergias, dor de garganta, tosse e problemas respiratórios, picadas de insetos e erupções cutâneas, constipação e dores de estômago. Além disso, também pode ser usado pelo médico para monitorar condições crônicas e saúde após uma cirurgia ou procedimento. Com essa solução, permitiremos que os pais de crianças tenham uma excelente atenção diretamente de suas casas, acompanhadas por um médico que pode estar em outro ambiente, como em seus consultórios”, ressalta Ety.
brain4care
Outro projeto de inovação que está em andamento é a implantação da solução brain4care, criada pelo cientista Sérgio Mascarenhas e que se tornou uma startup com atuação no Brasil e nos Estados Unidos com potencial para impactar um bilhão de pessoas nos próximos dez anos. Trata-se de um pequeno sensor capaz de monitorar a pressão intracraniana de forma totalmente não invasiva. “É uma inovação fantástica, pois permite que façamos a avaliação e o acompanhamento de pacientes com tumores cerebrais, hidrocefalia e lesões que eventualmente possam provocar aumento de pressão intracraniana sem a necessidade de uma craniotomia, uma cirurgia invasiva que necessita de uma abertura na cabeça para a colocação de um cateter”, detalha o neurocirurgião do Pequeno Príncipe, Adriano Keijiro Maeda.
Ao desenvolver um método não invasivo, essa solução também possibilita o acompanhamento de mais um sinal vital, além daqueles conhecidos, como o pulso, a temperatura, a frequência respiratória, a pressão arterial e a dor.
O aparelho já está sendo utilizado no Hospital Sírio-Libanês e nos hospitais da Rede D’Or e da Rede Ímpar em pacientes adultos. Instituições renomadas internacionalmente – como as escolas de medicina da Universidade de Stanford, da Universidade Johns Hopkins e da Universidade de São Paulo (USP) – também validaram o sistema brain4care. Ao Pequeno Príncipe caberá colaborar com o avanço do conhecimento sobre a monitorização de pressão intracraniana em pacientes pediátricos.
Além das pesquisas, o equipamento será utilizado também na assistência clínica. “Os projetos serão desenvolvidos inicialmente em pacientes vinculados ao Serviço de Neurocirurgia e outros pacientes investigados pelo Serviço de Neurologia com manifestações clínicas de hipertensão intracraniana”, informa o diretor técnico do Pequeno Príncipe, Donizetti Dimer Giamberardino Filho. No total, cinco equipamentos estarão em uso no Hospital a partir de setembro.
Até as 10h do dia 28 de agosto, o Hospital Pequeno Príncipe atendeu 556 casos suspeitos da doença, sendo que 83 deles foram confirmados
Em formato on-line, iniciativa vai compartilhar com os apoiadores da instituição conteúdos relacionados à saúde, ciência, gastronomia e música, celebrando a esperança, a empatia e a solidariedade