Segurança dos profissionais e dos pacientes é o foco das capacitações
Desde o início de fevereiro, os profissionais que atuam nas diferentes áreas do Hospital Pequeno Príncipe estão participando de uma série de treinamentos com relação ao coronavírus (COVID-19). Todos os conteúdos foram alinhados com a equipe do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) e com o Comitê de Contingência do Coronavírus. Até o final de março, foram registradas cerca de mil presenças nos treinamentos.
A equipe do SECIH realizou mais de 30 treinamentos que envolveram todos os setores do Hospital. “Orientamos médicos, enfermeiros, recepcionistas, copeiras, professores do Setor de Educação e Cultura, profissionais do nosso laboratório e do Centro de Imagem”, explica a médica que coordena o setor, Heloísa Ihle Garcia Giamberardino. Ao todo, os treinamentos contaram com mais de 650 participantes.
As orientações repassadas pelo Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar foram replicadas para outros grupos de colaboradores por meio da equipe de Educação Continuada da Enfermagem. Cerca de 300 enfermeiros e técnicos de enfermagem foram capacitados. O trabalho teve início pelas áreas definidas para acolhimento dos possíveis casos suspeitos de COVID-19, como as Emergências e a UTI Geral, e, em seguida, foi estendida às demais áreas de assistência.
Nesses encontros, os profissionais receberam informações gerais, como definição da COVID-19, formas de transmissão, sintomas e manifestações clínicas; formas de se proteger praticando corretamente a paramentação e desparamentação; os tipos de máscara e a indicação de uso de cada uma delas; higiene das mãos e desinfecção dos ambientes; e o manejo adequado dos pacientes com suspeita da doença.
Para aprofundar ainda mais o conhecimento, foram instalados ambientes de simulação realística no Hospital, nos quais os profissionais de enfermagem estão treinando procedimentos técnicos como paramentação e desparamentação, e fluxo de movimentação do colaborador das áreas de atendimento do paciente suspeito ou confirmado.
Para a coordenadora de Educação Continuada, enfermeira Mari Angela Berté, “a proteção e o cuidado com os profissionais é um ponto extremamente importante. E a realização dos treinamentos, neste momento, proporciona, além de destreza no manuseio dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), uma maior segurança no atendimento dos pacientes e familiares”.
Centro de Simulação Realística
O Centro de Simulação Realística Pequeno Príncipe, unidade viabilizada no Hospital por meio do investimento de diversas empresas e cidadãos, também está realizando treinamentos voltados à COVID-19. Cerca de 100 colaboradores que atuam nas recepções já participaram do curso, pois são eles que realizam o primeiro atendimento e precisam passar segurança aos pacientes e familiares que chegam à instituição, bem como evitar a disseminação do vírus neste primeiro contato.
Nas práticas, foram realizadas a abordagem de casos suspeitos, utilização de máscaras, isolamento, desinfecção de superfícies e higiene das mãos, além de esclarecimento de dúvidas. “A simulação realística é considerada aliada das orientações teóricas, que já estão sendo amplamente difundidas”, destaca a supervisora do Centro de Simulação Realística, Claudia Maria Baroni Fernandes, que coordenou os encontros.
Esses treinamentos envolveram os profissionais das recepções das Emergências, do Internamento e do PABX. Para as colaboradoras, o momento foi essencial para desenvolver a autoconfiança. “Acredito que nosso papel é muito importante, precisamos nos sentir seguras. E esse treinamento mostrou um cuidado do Pequeno Príncipe com a gente”, aponta a recepcionista Bruna Krause.
Apoio na luta contra a COVID-19
“Garantir a segurança dos nossos colaboradores e dos nossos pacientes é fundamental para nós. Porém, é preciso lembrar que esses treinamentos, assim como a compra de um volume maior de Equipamentos de Proteção Individual, cujos preços tiveram um aumento significativo em função da pandemia, não estavam no nosso planejamento financeiro. Continuamos atendendo os pacientes oncológicos, aqueles que apresentam cardiopatias graves e precisam de acompanhamento, os que necessitam de hemodiálise e tantos outros. Nossos custos se elevaram muito em função da pandemia, e precisamos do apoio dos nossos investidores nessa luta contra o coronavírus”, informa a diretora executiva do Hospital, Ety Cristina Forte Carneiro.
Até as 10h do dia 11 de abril, o Hospital Pequeno Príncipe investigou 61 casos de pacientes com suspeita da doença, sendo que quatro deles foram confirmados
Objetivo é compreender por que algumas pessoas desenvolvem quadros graves da doença mesmo sem ser do grupo de risco