Máscaras full face reduzem necessidade de entubação

Com uso inicialmente previsto em pacientes com COVID-19, a nova tecnologia também está beneficiando pacientes das demais especialidades atendidas no Hospital

Os pacientes do Hospital Pequeno Príncipe que necessitam de ventilação mecânica podem contar com uma nova tecnologia: as máscaras full face. Ligadas a um respirador, elas promovem a necessária ventilação dos pacientes, muitas vezes evitando a necessidade de entubação. “Com isso reduzimos os riscos de alguma eventual lesão de traqueia e sequelas pulmonares, além de proporcionarmos mais conforto e diminuirmos o trauma que uma entubação pode gerar”, explica a vice-diretora de Enfermagem do Pequeno Príncipe, Junia Selma de Freitas. “Outro benefício é a redução da necessidade de sedação. Isso tudo sem comprometer a ventilação do paciente”, completa.

As máscaras são importadas e, inicialmente, seu uso foi indicado para os pacientes contaminados com coronavírus (SARS-CoV-2). Como a máscara envolve todo o rosto, apoiando-se nas estruturas ósseas da testa e do queixo, ela evita a dispersão de aerossóis – pequenas partículas microscópicas que ficam suspensas no ar e são liberadas na respiração e na fala. “A proteção das equipes de assistência é um benefício adicional desse modelo de máscara”, destaca Junia.

Segundo a vice-diretora, as máscaras chegaram ao Hospital e foram adotadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específica de COVID-19, mas logo na sequência optou-se por disponibilizá-las também aos pacientes de outras UTIs, justamente em função dos vários benefícios que ela proporciona. O Pequeno Príncipe adquiriu 30 máscaras que são esterilizáveis e, portanto, podem ser reutilizadas. 

“Na UTI Neonatal, por exemplo, a máscara é utilizada logo que detectamos uma piora na capacidade respiratória dos pequenos pacientes. Com isso, muitas vezes evitamos a necessidade de entubação”, esclarece a médica chefe da unidade, Silmara Possas.

Segundo ela, a máscara também é muito utilizada após a extubação, para auxiliar o paciente a voltar a fazer as trocas gasosas normalmente. “As crianças se adaptam melhor a esse modelo de máscara, que é muito mais confortável. Outro grande benefício é que, se comparada a outros modelos, a full face é a máscara que melhor mantém a pressão ventilatória, dando ainda mais segurança aos tratamentos que oferecemos”, reforça a médica.

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