Transplante número 50 marca atuação de excelência do Pequeno Príncipe em cardiopatias infantis
Centro de referência no Brasil, Hospital reforça compromisso com o cuidado de crianças com cardiopatias desde os primeiros dias de vida

Com um novo coração batendo forte no peito da pequena Júlia Teixeira, de apenas 6 anos, o Hospital Pequeno Príncipe celebrou, em junho, a realização de seu 50.º transplante cardíaco. O marco histórico representa não apenas a vitória de uma criança que agora poderá realizar seu sonho de andar de bicicleta no parque, mas também o compromisso da instituição com a vida.
Diagnosticada com miocardiopatia dilatada aos 5 meses de vida, Júlia viveu anos de limitações e expectativa até que, enfim, chegou a notícia tão esperada: um doador compatível havia sido encontrado. O transplante foi bem-sucedido, e a menina recebeu alta após 42 dias de internamento. “Ela chegou muito cansada, sem forças para brincar. Agora, a gente vê a Júlia correndo pelos corredores. É uma vitória para todos nós”, relata o médico Bruno Hideo, que coordena os transplantes cardíacos no Hospital.
Desde 2004, o Pequeno Príncipe realiza transplantes cardíacos e, ao longo destas duas décadas, consolidou-se como referência nacional no procedimento, sendo hoje o único hospital do Paraná autorizado a fazer transplantes do tipo em crianças. A história de Júlia se junta à de outras 49 crianças e adolescentes que foram transformadas por essa atuação de excelência.

Um centro de referência em cardiopatias congênitas
O sucesso no campo dos transplantes é apenas uma das faces do trabalho realizado pela instituição. O Pequeno Príncipe é também um dos principais centros brasileiros de cardiologia pediátrica e atua de forma integrada desde o diagnóstico até os procedimentos mais complexos relacionados às cardiopatias congênitas — malformações na estrutura ou função do coração presentes desde o nascimento.
Em 2024, foram realizadas 560 cirurgias cardíacas na instituição, sendo 92 em recém-nascidos com menos de 1 mês de vida, além de nove transplantes de coração e 46 de válvulas cardíacas.
O Pequeno Príncipe também abriga o pioneiro Serviço de Eletrofisiologia Pediátrica do país, além de equipes de hemodinâmica e ecocardiografia, que permitem diagnósticos e intervenções com tecnologia de ponta, segurança e o mínimo de invasividade. A UTI da Cardiologia e o atendimento multiprofissional garantem o cuidado integral e humanizado que é marca registrada do Hospital.
No Brasil, cerca de 30 mil crianças nascem todos os anos com algum tipo de cardiopatia congênita, segundo dados do Ministério da Saúde. Muitas dessas condições exigem intervenção médica nas primeiras horas de vida. É por isso que o diagnóstico precoce é considerado essencial, podendo ser realizado ainda durante a gestação, com o ecocardiograma fetal, ou logo após o parto, com o teste do coraçãozinho.


