Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe registrou expressiva produção científica em 2024
Foram publicados 74 artigos no ano, gerados a partir de 82 projetos que estão em andamento

O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe consolidou sua relevância no cenário científico ao publicar 74 artigos, em 2024, em revistas científicas com excelente fator de impacto. Esse resultado reflete o intenso trabalho dos 14 pesquisadores do Instituto, também responsáveis pelos programas de Mestrado e Doutorado em Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente, oferecidos em parceria com a Faculdades Pequeno Príncipe. Nessas publicações há os coautores estudantes de mestrado e doutorado.
Os artigos publicados foram gerados a partir de 82 projetos de pesquisa em andamento, dos quais 63 são classificados como projetos translacionais. A pesquisa translacional tem como principal objetivo reduzir o tempo entre a descoberta científica e sua aplicação clínica, garantindo melhorias concretas na saúde da população. Entre as metas desses estudos estão o desenvolvimento de ferramentas para o controle de agravos epidemiológicos, o fortalecimento da capacidade tecnológica e a transformação de observações laboratoriais em intervenções médicas.
Avaliação da Capes
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação (MEC), avalia os programas de mestrado e doutorado a cada quatro anos. O número e a qualidade dos artigos publicados, bem como a participação dos discentes na produção científica, são alguns dos indicadores considerados para essa avaliação. No quadriênio compreendido entre 2021 e 2024, o Instituto publicou 270 artigos, sendo que 72% deles contaram com a participação dos estudantes.
A avaliação da Capes classifica os programas com notas que vão de 1 a 7, com 7 sendo o nível máximo de excelência internacional, e 1, 2 e 3 implicando o descredenciamento. O programa que é oferecido pelo Instituto foi avaliado com nota 5 entre 2007 e 2017. A expectativa é de elevação dessa nota no quadriênio que se encerrou em 2024. Porém, o resultado dessa avaliação ainda não foi divulgado pela Capes.
“Estamos confiantes na elevação da nossa nota, pois tivemos uma produção científica expressiva e qualificada no último quadriênio (2021–2024). Todos os nossos pesquisadores publicaram com nota máxima nesse quadriênio, entretanto ainda precisamos de excelência nas atividades de internacionalização para 100% dos pesquisadores”, revela o diretor-científico do Instituto, Bonald Cavalcante de Figueiredo.

Linhas de pesquisa
Os pesquisadores do Instituto se dedicam a diferentes áreas de investigação, abordando desde doenças complexas e oncogenética até os avanços em bioinformática e neurociências. Estudos sobre câncer infantil e outras doenças graves que afetam crianças e adolescentes estão entre as prioridades. Além disso, o Instituto realiza análises epidemiológicas para entender padrões de disseminação de doenças e desenvolver estratégias de prevenção.
Os pesquisadores trabalham com a análise de genomas, transcriptomas e proteomas para entender os mecanismos biológicos, contribuindo para a personalização de tratamentos. Em microbiologia e doenças infecciosas, os estudos se concentram na compreensão de bactérias e outros microrganismos patogênicos, fundamentais para o desenvolvimento de novas terapias.
A área de neurociências investiga o funcionamento do sistema nervoso infantil, com impactos diretos no desenvolvimento cognitivo e no tratamento de doenças neurológicas. Já a terapia celular e farmacológica busca em seus projetos desenvolver tratamentos inovadores para doenças crônicas e raras. O Instituto também investe no avanço da pesquisa com biomoléculas extraídas de vegetais e nos modelos animais de laboratório de doenças humanas, entre outras áreas de estudo.