Oficinas de artes plásticas que proporcionaram a criação das obras são uma das muitas iniciativas de inclusão sociocultural viabilizadas pela Lei de Incentivo à Cultura
Um movimento diferente tomou conta do Hospital Pequeno Príncipe nos últimos meses. Caixas de remédio, isopor, tampinhas e outros materiais recicláveis que antes iam para o lixo se tornaram matéria-prima para oficinas de artes plásticas que convidaram os pacientes a representarem seus superpoderes. Orientadas por quatro renomados artistas plásticos – André Mendes, Kátia Horn, Romã Rettamozo e Verônica Fukuda, com coordenação da arte-educadora Elisa Cordeiro Brito –, as crianças e os adolescentes soltaram sua criatividade, refletindo sobre seus superpoderes, como a capacidade de superação e enfrentamento do próprio momento de hospitalização que estavam vivendo.
Cada artista propôs uma abordagem única: Kátia Horn sugeriu a criação de capacetes mágicos feitos de caixas de remédio, representando superpoderes; André Mendes utilizou a técnica da “isoporgravura”, gravura em isopor, com foco nos superpoderes da natureza; Verônica Fukuda incentivou as crianças e os adolescentes a criar personagens com ênfase nos olhos, destacando a empatia como superpoder; e Romã Rettamozo instigou a garotada a produzir armaduras e braceletes, como resultado do processo de autorreflexão e autoconhecimento.
Apoiado por diversas empresas por meio da Lei de Incentivo à Cultura, o Projeto Caixa Mágica é uma das iniciativas do Pequeno Príncipe para transformar o período da hospitalização em um momento de inclusão sociocultural de seus pequenos pacientes e familiares. “Para além da saúde, somos um hospital que garante direitos aos meninos e meninas que precisam dos nossos cuidados. Nesse sentido, a educação e a cultura são pilares fundamentais da nossa atuação, pois acreditamos e praticamos um conceito ampliado, que compreende a saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doenças”, enfatiza a diretora-executiva da instituição, Ety Cristina Forte Carneiro.
Em 2024, mais de 20 projetos culturais estão em andamento no Hospital, oportunizando que crianças tenham acesso a diferentes linguagens artísticas, como o teatro, a música, as artes plásticas, o cinema, a literatura, entre outras. “A grande maioria das crianças que atendemos pelo Sistema Único de Saúde [SUS] não têm a oportunidade de frequentar espaços culturais nas suas realidades. Com essas iniciativas, nós mostramos a cada uma delas o universo mágico e o poder da arte, que toca dimensões que não podem ser alcançadas pela prática médica. Dimensões essas que são capazes de mobilizar sentimentos e desejos de fazer, pertencer e transformar. A potência da arte é uma grande aliada da saúde”, defende Ety.
Exposição
Uma exposição na Caixa Cultural de Curitiba, que segue em cartaz até o dia 24 de novembro, encerra o Projeto Caixa Mágica e apresenta para a comunidade as obras criadas pelos pacientes durante as oficinas feitas no Hospital. Além das peças elaboradas pelas crianças, cada artista responsável pelas oficinas irá expor uma peça feita exclusivamente para a mostra.
A exposição está recebendo também visitas guiadas de alunos de escolas públicas, criando mais uma oportunidade para o público jovem conectar-se com o universo da arte e da ressignificação de recicláveis.
Apoiado pela Caixa Cultural de Curitiba, o projeto conta com patrocínio das empresas Peróxidos do Brasil, Brother, Wap Lavadoras, Grupo Bagattoli, Scherer, Terex Corporation, Verx Tecnologia, Transportadora Matão e Demóbile.
Lei de Incentivo à Cultura
Por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), empresas tributadas pelo lucro real podem destinar até 4% do Imposto de Renda devido a projetos culturais. Além dos efeitos benéficos para a saúde, já cientificamente comprovados, no Hospital Pequeno Príncipe as atividades culturais colaboram para a redução da desigualdade social, democratizando o acesso à cultura.
Para apoiar projetos culturais desenvolvidos no Pequeno Príncipe, acesse aqui.
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