Pequeno Príncipe estima danos acima de R$ 5 milhões após incêndio em ambulatório

Hospital criou canal de doação específico para quem quiser contribuir com a reconstrução e melhorias do espaço dedicado às crianças que lutam contra o câncer

Após o incêndio que destruiu completamente o Ambulatório de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea (TMO), o Hospital Pequeno Príncipe estima que os investimentos para a reconstrução e melhorias da área serão de, no mínimo, R$ 5 milhões. O fogo atingiu todo o espaço, que contava com recepção, quatro consultórios, posto de enfermagem, dois leitos para procedimentos, duas salas de isolamento, 16 poltronas de quimioterapia, além de diversos insumos e equipamentos.

A instituição aguarda o levantamento da seguradora, que está finalizando o relatório para ressarcimento, e acredita que parte da reconstrução poderá ser feita com esses recursos. Com essas informações será possível prever com mais precisão o tempo que as obras de recuperação vão durar. “É importante explicar para a comunidade que parte dos danos será coberta pelo seguro, mas ainda não sabemos quais as condições relacionadas a prazos e valores. No entanto, a reconstrução imediata é imprescindível”, afirma a diretora-executiva do Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.

Diante desse cenário, a instituição filantrópica agradece todas as manifestações de apoio e espera contar mais uma vez com esse suporte da sociedade para enfrentar o novo desafio. “Estamos com uma campanha de doação e faremos relatórios de prestação de contas, como sempre. Eventuais excedentes de valores serão utilizados para melhorias no setor e prevenção contra incêndio”, complementa a diretora.

O Hospital criou um canal on-line específico para receber doações que serão destinadas à reconstrução e melhoria do ambulatório. Quem desejar contribuir pode clicar aqui.

Atendimentos

Apesar dos desafios, os atendimentos realizados no ambulatório não foram interrompidos, mesmo no dia do incidente, quando foram realocados para espaços provisórios no sexto andar do Hospital. Uma das salas utilizadas pelo Setor de Educação e Cultura foi adaptada para receber os pacientes que necessitam de quimioterapia. Já as consultas estão sendo feitas em três consultórios cedidos pelo Serviço de Psicologia, no mesmo andar.

No entanto, por tratar-se de solução temporária, a reconstrução do espaço adquire um caráter de urgência, para que o atendimento seja retomado de forma plena e perfeitamente adequada, com o conforto que pacientes pediátricos merecem.

Colaborador

O fogo teve início após uma explosão, aparentemente por causa de um vazamento na rede de oxigênio, no dia 31 de outubro. Um colaborador da manutenção, de 39 anos e que há três anos atua no Pequeno Príncipe, ficou ferido.

As primeiras informações do atendimento eram de que ele havia sofrido queimaduras leves. Porém, após hospitalização e consolidação das lesões, identificou-se que os ferimentos eram de terceiro grau. Ele teve alta no último fim de semana de novembro.

Sobre os serviços

A instituição centenária atende cerca de 60% de seus pacientes via Sistema Único de Saúde. Na oncologia, são cem pacientes novos por ano. No momento, cerca de 500 crianças e adolescentes recebem assistência do serviço, que conta com equipe multiprofissional no acompanhamento. Por ano, o Hospital realiza 6 mil atendimentos ambulatoriais e mais de 2,5 mil sessões de quimioterapia.

Já o Serviço de TMO, em pouco mais de uma década de atuação, fez 468 transplantes. “Atendemos de bebês até adolescentes e jovens de 18 anos. É uma equipe muito comprometida, muito talentosa, e todos prezamos pela excelência técnico-científica. O atendimento, como em todos os outros serviços, é integral, com educação, cultura, presença familiar e integralidade no olhar”, explica Ety.

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