Mobilizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a rede vai atuar para contribuir com o aumento nos índices de cura do câncer infantojuvenil
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, liderado pelo cientista Roberto Rosati, foi selecionado para participar de uma rede nacional de pesquisas em oncologia pediátrica. A iniciativa é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Programa Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCTs).
O objetivo do INCT BioOncoPed é integrar e consolidar a comunidade de pesquisa em câncer infantojuvenil no Brasil, em colaboração com grupos internacionais de excelência, associando pesquisa biológica e clínica, assistência médica e social, empreendedorismo e inovação tecnológica, para contribuir com a evolução do conhecimento, proporcionando melhorias nos índices de cura e de qualidade de vida de crianças e adolescentes com câncer.
O que é um INCT?
O Programa INCT se caracteriza por grandes projetos de pesquisa de longo prazo, em redes nacionais e/ou internacionais de cooperação científica para o desenvolvimento de projetos de impacto científico e de formação de recursos humanos. Cada INCT atua em temas de diferentes áreas do conhecimento, envolvendo milhares de pesquisadores e bolsistas em temáticas complexas, em diferentes laboratórios e centros que integram as redes de pesquisa.
Como o Pequeno Príncipe vai contribuir com as pesquisas
O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que podem ocorrer em qualquer local do organismo. Assim como é observado nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. A estimativa é de cerca de oito mil novos casos para 2023.
A equipe do Instituto de Pesquisa terá três anos para desenvolver os projetos, que estão sendo definidos e serão executados em parceria com o Serviço de Oncologia do Hospital Pequeno Príncipe, que atende aproximadamente cem novos pacientes com câncer por ano.
“Vamos concentrar nossos estudos na análise aprofundada das células de leucemia e nos tumores do sistema nervoso central. Esses são os dois tipos de câncer mais comumente tratados no Hospital”, explica Rosati. Os projetos devem ser iniciados ainda neste ano.
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