Único hospital brasileiro a integrar o grupo, instituição monitora a prevalência de influenza e outros vírus respiratórios, contribuindo com dados para a OMS definir a composição das novas vacinas da gripe
No mês de novembro, o Hospital Pequeno Príncipe participou da reunião anual da GIHSN, sigla em inglês para a Rede Global de Vigilância Hospitalar da Gripe, realizada na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, na Suíça. O encontro reuniu especialistas de vários países para compartilhar informações e recomendar estratégias para melhorar a vigilância de agentes virais respiratórios.
Os hospitais que integram essa rede utilizam o mesmo protocolo para monitorar a prevalência dos vírus respiratórios responsáveis por infecções pulmonares graves, que levam os pacientes a necessitarem de internamento. São mais de cem hospitais em 25 países que anualmente reportam esses dados, compondo uma pesquisa bastante sólida. Somente no último período, foram documentados mais de 4 mil casos de hospitalização por infecção respiratória aguda grave.
No Pequeno Príncipe, esse estudo é liderado pelas médicas Sonia Raboni, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Heloisa Ihle Garcia Giamberardino, chefe do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) do Pequeno Príncipe. Semanalmente, o Hospital reporta os casos identificados na vigilância para a GIHSN. No último período (de 2022 a 2023), a instituição mapeou dados referentes a 470 pacientes internados; desses, 64% foram positivos para pelo menos um dos 16 vírus respiratórios investigados. As amostras de vírus da gripe (influenza A ou B) identificados foram encaminhadas ao laboratório de referência da rede na França, para caracterização genética. Essas informações foram apresentadas na reunião anual, realizada na sede da OMS.
A médica Sonia comenta que esse monitoramento tem como pontos importantes: conhecer o impacto dos vírus respiratórios como causa de internamento em pacientes pediátricos e estimular a pesquisa científica, pois alunos de graduação e pós-graduação atuam em algumas etapas desse estudo.
Além disso, segundo Heloisa, “estes dados, somados às informações da vigilância dos centros nacionais de influenza, também são utilizados pela OMS como base para definir as cepas que vão compor a próxima vacina contra a influenza para o Hemisfério Sul, pois essa decisão leva em consideração os vírus com maior prevalência na região”.
Ainda de acordo com a médica, “adicionalmente, este monitoramento, em tempo real, é importante para detectar o surgimento de algum novo vírus com potencial pandêmico”.
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