Além dos espaços atuais, a terceira estrutura vai contar com sete laboratórios e equipamentos de grande porte
O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, único projeto social do mundo apadrinhado pelo Rei do Futebol que leva seu nome, ganhou uma nova unidade, no bairro Cabral, em Curitiba (PR). Com a ampliação, o Instituto passou a contar com uma área de 450 metros quadrados, que abriga mais sete laboratórios e equipamentos de grande porte que os espaços atuais não comportam. A nova estrutura vai aprimorar o desenvolvimento dos mais de 120 estudos científicos em andamento.
Além dos laboratórios multiusuários, destinados à realização de diferentes experimentos, a terceira unidade possui ainda dois laboratórios de cultivo celular para ensaios in vitro, um laboratório de produtos naturais para identificação de novos princípios ativos e laboratórios de cromatografia e proteômica, que irão compor o parque tecnológico do Instituto. Esses dois últimos vão permitir o desenvolvimento de novas pesquisas aplicadas à assistência. A principal delas pretende descobrir quais são os fatores relacionados à resposta terapêutica a determinados medicamentos – utilizados principalmente no tratamento oncológico – por meio da investigação de biomarcadores no proteoma dos pacientes. O outro estudo, complementar, desenvolverá protocolos para monitorar a concentração de medicações no sangue, permitindo rápido ajuste de dose, evitando concentrações subterapêuticas sem efeito ou concentrações supraterapêuticas, com potenciais efeitos tóxicos ao paciente. Em ambos os casos, o objetivo será oferecer aos pacientes um tratamento individualizado e assertivo.
“Fazer pesquisas científicas no Brasil é um desafio enorme. A ampliação do Instituto com a inauguração de uma unidade adicional é mais um passo ousado do Pequeno Príncipe, que sempre teve a postura de investir em conhecimento, inovação, pesquisa e humanização em prol da saúde infantojuvenil. São 17 anos de valorização da ciência, importantíssima para novas descobertas e inovações, imprescindível para nortear políticas públicas, gerar aplicações de valor comercial e melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio da busca de novas formas de diagnóstico e tratamento”, enfatiza a diretora-geral do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.
Com o apoio do maior jogador de futebol de todos os tempos, o Instituto iniciou as suas atividades em 2006 e nasceu para contribuir com a redução da mortalidade infantojuvenil por meio de pesquisas sobre doenças complexas que afetam essa população. Por ser uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, a parceria com o Rei do Futebol foi fundamental para garantir visibilidade e recursos para que inúmeros estudos fossem realizados, beneficiando milhares de crianças e adolescentes.
Dia do Rei Pelé
A inauguração da nova unidade foi programada para ocorrer na véspera do Dia do Rei Pelé, celebrado em 19 de novembro. A criação da data foi uma iniciativa do Pequeno Príncipe e que ganhou eco na Câmara Municipal de Curitiba e na Assembleia Legislativa do estado, com aprovação da homenagem no município e no Paraná. O dia foi escolhido em alusão ao milésimo gol do atleta, marcado na mesma data no ano de 1969, e que ele dedicou às crianças. “Aproveito a oportunidade para pedir a todos os brasileiros que não esqueçam as crianças pobres, que não esqueçam os necessitados”, disse Pelé à época.
A expectativa agora é para a criação do Dia Nacional do Rei Pelé, frisa o diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, José Álvaro da Silva Carneiro. Segundo ele, a contribuição do jogador foi fundamental para os resultados das pesquisas que beneficiam o público infantojuvenil em todo o Brasil, mas que ultrapassam fronteiras. “Seu apoio abriu e continua abrindo muitas portas na captação de recursos nacionais e internacionais. Ele nos aproximou de esportistas, trouxe visibilidade à ciência e ao Instituto. Ter o Pelé no time nos encorajou a produzir conhecimento científico para atender crianças e adolescentes e seguir adiante na difícil missão de bem servir a criançada e honrar o legado social do rei”, considera.
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