Programas de residência médica capacitam 130 profissionais por ano

São 11 programas de residência e sete de especialização, que contribuem para a qualificação de profissionais dedicados ao atendimento de crianças e adolescentes

Em meio século de existência, o programa de residência médica do Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, firmou-se como um dos principais formadores de profissionais voltados ao atendimento de crianças e adolescentes no Brasil. Por ano, o Hospital capacita cerca de 130 profissionais, por meio de 11 programas de residência médica e sete programas de especialização.

Os programas de residência médica estão entre os mais concorridos do país, com uma média de 14 candidatos por vaga, e atraem profissionais de vários estados e até mesmo de outros países. Dessa forma, o Hospital contribui para melhorar o cenário nacional da assistência oferecida às crianças e aos adolescentes.

Qualificação da assistência
“O pediatra foi retirado das unidades básicas de saúde. E quem tem assistido as crianças são os médicos de família. Isso é uma falha grave, porque a criança não é um adulto pequeno. Ela tem características especiais, e quem quer ser pediatra realmente tem que se formar para isso”, avalia o coordenador da residência médica em pediatria do Pequeno Príncipe, Vitor Costa Palazzo.

Considerando que o Sistema Único de Saúde (SUS) corresponde ao atendimento de 75% da população do país, a falta desses especialistas em unidades de saúde básica é motivo de preocupação. Além disso, mais da metade dos pediatras (55%) atua na Região Sudeste do Brasil. Ao formar especialistas pediátricos oriundos de 17 estados brasileiros, além do Distrito Federal, o Pequeno Príncipe contribui para diminuir essa desigualdade no acesso a uma assistência médica qualificada.

A médica Emmanuela Bortoletto Santos é uma das profissionais formadas pelo Pequeno Príncipe. Além da residência em pediatria, ela se especializou em nefrologia pediátrica e atualmente trabalha na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá (MT), no Centro-Oeste do país, onde luta para implantar o primeiro serviço de transplante renal pediátrico do estado. “O que eu sou hoje, devo 100% aos médicos do Pequeno Príncipe que contribuíram para a minha formação e, por meio do exemplo deles, me inspiraram a querer fazer a diferença”, afirma.

Pioneirismo
O Pequeno Príncipe foi pioneiro na formação de profissionais de saúde dedicados ao cuidado de crianças e adolescentes ao receber, em 1932, estudantes de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para acompanhar a prática médica.

Atualmente, além dos programas de residência médica em pediatria e especialidades pediátricas, o Hospital oferece residência multiprofissional (psicologia, biomedicina e farmácia) e residência em enfermagem, em parceria com a Faculdades Pequeno Príncipe.

Os programas do Pequeno Príncipe concentram em um mesmo ambiente a experiência profissional, diferentes especialidades e acesso a diversas terapias e meios diagnósticos, além de cirurgias de alta, média e baixa complexidade. A instituição oferece ainda consultas no Serviço de Pronto Atendimento e ambulatórios. “Esse conjunto de práticas e estrutura garante aos novos profissionais muito conhecimento, o que torna os nossos programas bastante atraentes”, finaliza Palazzo.

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