Iguape, no interior de São Paulo, e Paranaguá, no litoral paranaense, são as primeiras cidades a receber a iniciativa
Por meio da telemedicina, o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, está levando sua experiência centenária para o atendimento de crianças e adolescentes, moradores de regiões consideradas de alta vulnerabilidade social, que necessitem de complementação e reforço de conhecimento pediátrico especializado.
O primeiro município a receber o serviço é Iguape, cidade paulista do Vale do Ribeira. Viabilizadas por um contrato direto entre o Pequeno Príncipe e o município, serão realizadas 186 consultas em pediatria geral ao longo de seis meses. Os atendimentos tiveram início em junho.
Para receber o atendimento remoto, as famílias precisam ir até a unidade de saúde do município. As teleconsultas contam com o apoio do TytoCare, um dispositivo que possui a capacidade de realizar parte do exame físico de forma remota. A tecnologia permite medir a temperatura e aferir a frequência cardíaca do paciente, fazer ausculta do coração, pulmões e região abdominal. Além disso, gera imagens da garganta, do ouvido e da pele. A transmissão desses dados ocorre em tempo real, e eles ficam armazenados de forma segura. O aparelho foi trazido ao Brasil pela startup Tuinda Care, que é acelerada pelos hospitais pediátricos Pequeno Príncipe e Sabará, de São Paulo.
Paranaguá
A telemedicina do Pequeno Príncipe será levada também ao município de Paranaguá, no litoral paranaense, por meio do Projeto de Telepediatria Pequeno Príncipe, aprovado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), e com aporte de empresas via renúncia fiscal.
O projeto vai beneficiar crianças que utilizam a Unidade Básica de Saúde (UBS) Porto Seguro, localizada em uma região com alta densidade de crianças e adolescentes com demanda de suporte de conhecimento pediátrico especializado.
Haverá momentos dedicados à teleinterconsulta para crianças em atendimento na UBS, bem como discussão de casos envolvendo o médico generalista da unidade e médicos pediatras do Pequeno Príncipe. Nessas ocasiões, serão discutidos casos de maior complexidade.
Esse mesmo projeto vai permitir o atendimento a outros municípios do Paraná, o que ainda está em estudo.
“Essas iniciativas oportunizam o acesso à medicina pediátrica de alta qualidade técnica para as crianças que estão em regiões sem atendimento especializado. A telemedicina, com uso de aparelhos como o TytoCare e com a experiência de nossos pediatras, permite que nossa expertise vá a qualquer lugar. Vamos compartilhar assistência de qualidade e também conhecimento”, ressalta o diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, José Álvaro da Silva Carneiro.
Com o uso de uma bioimpressora, os pesquisadores conseguiram reproduzir a estrutura pulmonar, tornando o protótipo apto para o teste de novos fármacos
São mais de mil operações por mês, feitas por 51 cirurgiões e 15 anestesistas, em 16 especialidades e subespecialidades, que envolvem desde procedimentos simples até transplantes