Pequeno Príncipe inaugura serviço com avançada tecnologia que identifica problemas na locomoção

Exame realizado no Laboratório Computadorizado de Marcha oportuniza diagnósticos e tratamentos mais assertivos; serviço é o único no Paraná que realiza avaliações clínicas

Entraram em operação, no último mês de fevereiro, o Laboratório Computadorizado de Marcha e a Sala de Reabilitação com Realidade Virtual do Hospital Pequeno Príncipe. Instalados no Centro de Reabilitação e Convivência do Pequeno Príncipe (Programa Appam), localizado em São José dos Pinhais, os novos serviços ampliam as possibilidades de diagnóstico, oportunizando tratamentos ainda mais assertivos a crianças e adolescentes com dificuldades para caminhar. 

Segundo o médico-chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital Pequeno Príncipe, Luiz Antonio Munhoz da Cunha, “a análise computadorizada da marcha identifica distúrbios do andar que não podem ser detectados pelo exame físico e pela análise visual. Esse método auxilia na tomada de decisões para o tratamento e acompanhamento de pacientes com algum problema de marcha”. O especialista explica ainda que ele é mais indicado para pacientes com sequelas de distúrbios neuromusculares, como paralisia cerebral, acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico, mielomeningocele, lesão medular, entre outros. E também em casos de distúrbios musculoesqueléticos isolados, como amputações.

O Laboratório Computadorizado de Marcha do Pequeno Príncipe é o único em funcionamento no Paraná destinado para avaliações clínicas de pacientes com distúrbios da marcha. “A aplicabilidade dele é fantástica, pois é um instrumento que auxilia, principalmente, cirurgias do aparelho locomotor, tanto no pré e pós-operatórios, quantificando e orientando o planejamento e verificação se o que foi feito realmente trouxe benefícios ao paciente”, salienta o especialista.

Já a Sala de Reabilitação com Realidade Virtual, que também integra esse projeto de inovação na assistência, oferece a inserção do jogo e da realidade virtual como meio lúdico e terapêutico. Dessa forma, amplia o envolvimento do paciente com o processo de reabilitação e mensura os resultados e a evolução do paciente de maneira mais precisa.

Os projetos foram viabilizados com recursos captados por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PcD) e incentivos fiscais de diversas empresas.

Agendamento
O encaminhamento para o exame computadorizado de marcha deverá ser realizado pelo médico solicitante, mediante o preenchimento de um formulário com informações técnicas sobre a condição de cada paciente, que deve preencher alguns requisitos como:

  • conseguir dar dez passos consecutivos (com ou sem assistência);
  • ter no mínimo 4 anos de idade completos;
  • ser capaz de seguir ordens simples; e
  • tolerar a colocação de marcadores e eletrodos adesivos na pele.

De posse do formulário, a família procura o Centro de Reabilitação e Convivência do Pequeno Príncipe para o agendamento.

Para mais informações sobre o exame e esclarecimento de dúvidas, basta entrar em contato por:
– telefone: (41) 3382-5298 ou
– e-mail: laboratorio-marcha@hpp.org.br.

Centro de Reabilitação e Convivência
O Centro de Reabilitação e Convivência do Pequeno Príncipe (Programa Appam nasceu como um projeto voltado ao atendimento de crianças e adolescentes com mielomeningocele. Com o passar do tempo, foi reestruturado e hoje atende pacientes com todos os tipos de deficiência, entre elas: epilepsia, síndrome de Guillain-Barré, perda de audição por transtorno neurossensorial, paralisia cerebral, hemiplegia espástica, tetraplegia, anomalias cromossômicas, cegueira e visão subnormal, e microcefalia.

A unidade oferece reabilitação nas áreas de fisioterapia de solo e aquática, psicologia, terapia ocupacional e serviço social; promove a convivência e a inclusão social, atividades lúdicas, educacionais e culturais; e disponibiliza apoio ao tratamento domiciliar.

Veja mais

Equipamento adquirido com recursos do Gala é utilizado na pesquisa e na assistência

Cromatógrafo permite que os pesquisadores façam monitoramento de fármacos no sangue de pacientes, auxiliando médicos na tomada de decisão sobre a melhor dosagem a ser prescrita


Aprendizados sobre como tratar pacientes com COVID-19 reduzem mortalidade

Taxa de letalidade caiu de 1,6%, no primeiro ano, para 0,1%, neste início de terceiro ano da pandemia; novos medicamentos e equipamentos estão entre os aprendizados


Outras edições