Desafios e esperança marcam o ano no Pequeno Príncipe

O ano vai chegando ao fim, e o Pequeno Príncipe quer compartilhar com seus apoiadores um pouco das suas conquistas. E desejar a todos que as festas que marcam o encerramento de 2022 sejam repletas de amor, saúde e esperança, ingredientes que estiveram presentes nos 365 dias por aqui!

Quem acompanhou a luta de Gael, 5 anos, contra um tumor gigante no abdômen vibrou com cada conquista: o diagnóstico assertivo, a quimioterapia, as cirurgias, a recuperação das forças, a volta do apetite, o andar novamente, o voltar a brincar! Foram grandes batalhas e significativas conquistas, depois de percorrer boa parte do Brasil em busca de uma equipe capaz de tratar o seu quadro raro. A história de Gael resume o que foi 2022 no Hospital Pequeno Príncipe: um ano de muitos desafios, mas de muita esperança, no qual a excelência dos profissionais fez a diferença.

O ano começou com a explosão de casos de COVID-19 em crianças. Apenas nos primeiros três meses, o Pequeno Príncipe atendeu mais crianças positivadas do que ao longo de todo o ano de 2021. Janeiro foi o mês campeão, com 603 casos positivos e 72 internamentos. Porém foi também em janeiro que as crianças de 5 a 11 anos começaram a ser vacinadas. Para as menores, de 3 a 5 anos, a vacinação iniciou em julho, e para os bebês de 6 meses a 2 anos, somente em novembro, deixando nas famílias e nos profissionais de saúde um misto de apreensão e esperança.

Aos poucos, a gravidade dos casos de COVID-19 foi diminuindo, assim como o número de contaminados. Com a melhora no cenário, o Hospital conseguiu retomar algumas atividades que haviam sido interrompidas no início da pandemia, como a presença dos voluntários, que tornaram a permanência do Gael mais animada no Pequeno Príncipe, e a retomada das visitas nas UTIs.

O cuidado com aqueles que cuidam dos pequenos pacientes também se destacou ao longo do ano. A quarta dose da vacina contra a COVID-19 foi disponibilizada para os cerca de três mil colaboradores, que também ganharam um ambulatório voltado aos casos suspeitos de monkeypox. Atividades de valorização, como a comemoração dos aniversários e a ginástica laboral, também foram retomadas de forma presencial. Os cursos de capacitação continuaram sendo oferecidos, para que cada profissional possa desenvolver-se e prestar um serviço cada vez mais qualificado.

Ao completar 103 anos, a excelência da instituição foi mais uma vez reconhecida, com a conquista da 87.ª posição no ranking dos melhores hospitais pediátricos do mundo, organizado pela revista norte-americana Newsweek.

Excelência na assistência
Assim como Gael, muitas outras crianças e adolescentes, vindos de todo o Brasil, encontraram no Pequeno Príncipe uma equipe altamente capacitada para cuidar da sua saúde. Esses pequenos pacientes têm em comum quadros muito complexos, que exigem cuidados de profissionais de diferentes especialidades. No Pequeno Príncipe, os meninos e meninas contam com equipes de 35 especialidades.

A instituição registrou ao longo do ano importantes marcos na assistência, como a celebração do transplante de medula óssea de número 400 e o 50.º transplante de fígado. Procedimentos inéditos no Brasil também foram realizados por meio da radiologia intervencionista, uma especialidade relativamente nova no mundo, mas que já dispõe de equipe experiente no Pequeno Príncipe.

O grande conhecimento existente dentro do Hospital está, cada vez mais, sendo compartilhado e beneficiando mais e mais crianças. Por intermédio da telemedicina, os especialistas do Pequeno Príncipe estão atendendo pacientes de Paranaguá, no litoral paranaense, e de Iguape, no interior de São Paulo, por meio de iniciativas firmadas com o poder público dessas cidades. Há ainda uma iniciativa em parceria com a Prefeitura de Curitiba, de teleorientação para médicos de duas unidades de pronto atendimento (UPAs), qualificando a atenção primária.  

Já com outros hospitais, o Pequeno Príncipe tem compartilhado seu conhecimento relativo ao uso racional dos antibióticos. O Programa de Stewardship de Antimicrobianos da instituição foi sistematizado e está sendo replicado para outros dez hospitais do Brasil.

Humanização do atendimento
Muitos programas de humanização do Hospital Pequeno Príncipe são pioneiros e precursores de políticas públicas. Essa é uma diretriz extremamente valiosa para a instituição, que acredita no poder da humanização para, inclusive, melhorar os indicadores de assistência, favorecendo uma recuperação mais rápida e promovendo a desospitalização.

Em 2022, os atendimentos de psicologia hospitalar no Pequeno Príncipe completaram 40 anos. Esse serviço é responsável pela estruturação do Família Participante, principal programa de humanização da instituição. O Setor de Educação e Cultura também comemorou uma data importante: 20 anos de formalização. Para tornar a festa completa, as atividades presenciais foram retomadas. Gael e sua família tiveram a oportunidade de receber esses cuidados humanizados.

Ensino se multiplica
Na formação de profissionais, o Pequeno Príncipe comemorou os 50 anos do seu programa de residência médica em pediatria. Houve também o lançamento do Multiplica PP, um portal de cursos que reúne os saberes mais completos, profundos e atualizados em saúde da criança e do adolescente. Acessíveis a profissionais de todo o país, as duas iniciativas reforçam o compromisso do Pequeno Príncipe com a disseminação do conhecimento e formação de novos profissionais, especializados na saúde infantojuvenil.

Qualificar profissionais de todo o Brasil é uma forma de proporcionar a meninos como Gael, que moram em cidades com menos recursos médicos, a oportunidade de ter diagnósticos mais precoces. Em casos complexos, quanto antes o tratamento inicia, maior as chances de cura e de vida!

Pesquisa
Na ciência, muitos projetos se destacaram. Ao completar 16 anos, o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe teve uma de suas equipes convidadas para contribuir com um programa da Organização Mundial da Saúde (OMS), voltado ao controle de radiação durante a realização de exames de imagem em crianças. Os cientistas também estiveram envolvidos na organização de importantes eventos para discutir rotas biotecnológicas no Paraná.

Curativos biológicos, produção celular, novos tratamentos para a COVID-19, descobertas de mutações genéticas com impacto no câncer e na COVID-19, maior entendimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e muitas outras pesquisas foram desenvolvidas. Muitos desses estudos são translacionais, ou seja, beneficiam diretamente os pacientes. 

Um dos frutos do Instituto de Pesquisa foi a implantação do Laboratório Genômico do Pequeno Príncipe, ainda em 2018. Ano após ano, o laboratório tem aumentado o seu portfólio de exames, sofisticando a assistência. Foi um desses exames que permitiu às equipes médicas fechar o diagnóstico de Gael e alterar toda a conduta que vinha sendo adotada no tratamento. Um exame foi capaz de mudar a história de vida do menino e de sua família.

Olhando para o futuro
Para que muitos outros meninos como o Gael tenham a oportunidade de viver, o Pequeno Príncipe precisa olhar para o futuro. E esse olhar se transformou em um planejamento estratégico que está trazendo algumas mudanças na instituição, do ponto de vista da gestão. Foram implantadas novas vice-diretorias, com foco em assistência e inovação.

A projeção do Pequeno Príncipe no cenário internacional também foi reforçada em 2022. A instituição foi convidada a integrar o Fórum Executivo Internacional dos Hospitais Infantis (Children’s Hospital’s International Executive Forum – CHIEF), que reúne diretores-gerais dos 38 principais hospitais pediátricos de ensino e pesquisa do mundo.

Mobilização da sociedade
Ter a sociedade ao seu lado é o que permite que o Pequeno Príncipe obtenha muitas conquistas, ano após ano. Em 2022, não foi diferente. E para celebrar a parceria com milhares de empresas e pessoas físicas que apoiam a instituição, eventos presenciais de relacionamento foram retomados, como a Noite dos Chefs e o Gala Pequeno Príncipe. E o Gael esteve presente em um desses eventos, contando sua história incrível, que só foi possível também por causa desses apoios.

O Hospital ainda mobilizou a sociedade para temas importantes relacionados à saúde, como o câncer infantojuvenil, as cardiopatias congênitas, as doenças raras, o combate à violência contra crianças e adolescentes e tantos outros temas relevantes.

Outro aspecto da mobilização que ganhou destaque neste ano foi a disseminação de conhecimentos por meio das redes sociais. O canal do Pequeno Príncipe no YouTube foi reconhecido pela plataforma pela qualidade dos conteúdos produzidos e como um importante meio de combate às fake news. Ganhou selo de instituição verificada e reconhecimento pelo Ministério da Saúde, reforçando a qualidade de tudo o que é feito no Pequeno Príncipe. Um hospital que olha para o futuro e trabalha muito para “ser o melhor lugar do mundo para receber e multiplicar cuidados em saúde de crianças e adolescentes”.

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