O segundo ano da pandemia do coronavírus está chegando ao fim. Hora de fazer o balanço do ano, aprender com o passado e planejar o futuro. Em 2021, enfrentamos momentos ainda mais desafiadores que no ano anterior. Tivemos períodos dramáticos, com média diária de mortes acima de três mil. O sistema de saúde colapsou no Brasil e no mundo. Faltaram leitos, profissionais de saúde e até oxigênio. E no meio de tudo isso, o saber científico prevaleceu, e a tão esperada vacina chegou.
No Hospital Pequeno Príncipe, os desafios foram enfrentados com coragem, dedicação, profissionalismo e excelência na gestão. Com o apoio da comunidade, empresas, poder público, pessoas e voluntários, a instituição pôde, mais um ano, oferecer assistência com excelência, investir em ciência, inovar, renovar ambientes, criar protocolos, formar profissionais e melhorar indicadores.
Aprendemos com a natureza, que, apesar de todas as dificuldades, segue seu curso. Na natureza, tudo se transforma. As estações do ano estão ali para nos lembrar de que, depois de um rigoroso inverno, a primavera sempre trará a renovação e a esperança das cores e flores. Assim como a natureza seguiu seu curso, o Pequeno Príncipe também seguiu cada vez mais comprometido em levar saúde de excelência e garantia de direitos às crianças e aos adolescentes.
Compartilhamos com você, que faz parte da nossa história e nos apoia em todos os momentos, alguns dos acontecimentos mais marcantes no ano de 2021 no Pequeno Príncipe.
Verão – esperança
A grande notícia do período foi a chegada das primeiras doses de vacina, destinadas aos profissionais de saúde, renovando a confiança das equipes e a esperança em dias melhores. A campanha de imunização apresentou eficácia de 96% entre colaboradores e médicos que atuam na instituição.
Entre as crianças que se contaminaram com o SARS-CoV-2, os médicos perceberam que um grande número ficou com sequelas cardíacas. Diante disso foi implantado um ambulatório de cardiologia específico para pacientes pós-COVID-19, qualificando a assistência e evitando a mortalidade de crianças e adolescentes por complicações trazidas pela doença no médio e longo prazo.
Ainda em janeiro, o Serviço de Implante Coclear completou dez anos. No Pequeno Príncipe são realizados, em média, 18 implantes por ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital conta com uma equipe multiprofissional e toda a estrutura necessária para efetuar o diagnóstico, a cirurgia, o acompanhamento pós-cirúrgico e a reabilitação dos pacientes. Além do SUS, a instituição faz o procedimento via convênios e particular.
Outono – resiliência
O outono chegou trazendo o aumento dos casos de COVID-19 atendidos no Hospital. Mesmo com protocolos seguros para quem precisava de atendimento médico, o número de consultas e exames caiu. Muitos pacientes do interior não conseguiam transporte para chegar até o Hospital.
Nasce, então, o Serviço de Telessaúde do Pequeno Príncipe, inicialmente voltado aos pacientes do Sistema Único de Saúde. Por meio da tecnologia, o Hospital conseguiu alcançar pacientes que necessitavam retornar aos seus especialistas e, em função da pandemia, não estavam conseguindo.
Também nesse período a instituição comemorou os 15 anos do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe. A comemoração on-line foi mais uma forma de valorizar a ciência e o trabalho dos cientistas.
A unidade de transplante de medula óssea (TMO) completou dez anos. Ao longo da sua primeira década, realizou 303 procedimentos, dando a 280 pacientes uma nova chance de vida, com saúde. Em 2020, foi responsável por 12% dos transplantes pediátricos feitos no Brasil.
O Laboratório Genômico do Hospital recebe certificação pela excelência em exame para leucemia. A unidade está entre as dez primeiras do Brasil a receber o certificado, que é baseado em rigorosos protocolos internacionais.
Inverno – força
Com a chegada do inverno, há uma explosão no número de casos de COVID-19 em crianças atendidas pelo Pequeno Príncipe, e o Hospital vive o seu pico de atendimento. As pesquisas relacionadas à doença continuam sendo realizadas no Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, e diversos artigos são publicados em importantes revistas científicas, como a Science e a Nature Immunology. Um dos estudos confirma que há uma predisposição genética e imunológica para o desenvolvimento das formas graves da COVID-19.
Pela sua atuação com relação direta ao desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação, o Complexo Pequeno Príncipe é convidado a se tornar sócio institucional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), considerada a mais representativa organização da comunidade científica brasileira.
Enquanto enfrentava a pandemia, a instituição não deixou de se preocupar com o impacto que gera no meio ambiente e, por isso, no Dia Mundial do Meio Ambiente, anunciou uma parceria com a ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) para compensar as emissões de carbono, protegendo a Mata Atlântica. O Pequeno Príncipe foi o segundo hospital do Brasil, e o primeiro pediátrico, a fazer a compensação.
Outro destaque do período foi a reinauguração do Pronto-Atendimento dedicado aos pacientes do SUS. A área física do setor foi ampliada, e os consultórios, reformados, com recursos doados à instituição por diversos parceiros da comunidade.
Foi também no inverno que o Pequeno Príncipe se uniu a uma iniciativa internacional com vistas a democratizar o conhecimento. Trata-se do Projeto ECHO – que, por meio de uma plataforma on-line, permite a profissionais de qualquer região do Brasil e do mundo se reunirem para discutir melhores práticas relacionadas à saúde. O Hospital Pequeno Príncipe e a Faculdades Pequeno Príncipe realizaram encontros nos quais discutiram temas ligados à saúde infantojuvenil.
Primavera – renovação
A primavera chegou trazendo uma excelente notícia para o Hospital. Ao completar 102 anos, o Pequeno Príncipe foi reconhecido como um dos melhores hospitais pediátricos do mundo pela revista norte-americana Newsweek. A instituição é a única exclusivamente pediátrica da América do Sul a aparecer no ranking, que listou os 150 melhores hospitais pediátricos com base em recomendações de mais de 40 mil especialistas de 20 países.
Outro importante reconhecimento foi ao trabalho da UTI Neonatal do Pequeno Príncipe. Ao completar 30 anos, a unidade está entre as seis UTIs neonatais do Brasil a fazer parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Mais de 300 hospitais de todo o Brasil se inscreveram nessa etapa, que selecionou 204 instituições entre pediátricas, de adultos e de idosos. A iniciativa busca reduzir infecções hospitalares.
O Pequeno Príncipe realiza mais uma edição do Gala Pequeno Príncipe, celebrando a ciência e a vida. O evento comemorou os dez anos da iniciativa, que mobiliza apoiadores da instituição no Brasil e no exterior e já arrecadou mais de R$ 23 milhões, contribuindo com avanços importantes para a instituição, como a implantação do Laboratório Genômico e a compra de medicamentos de alto custo para pacientes com câncer e doenças raras.
Verão – futuro
Um novo verão está chegando, e o olhar do Pequeno Príncipe volta-se para o futuro. Assim como escreveu Antoine de Saint-Exupéry, a instituição acredita que “o futuro não é um lugar aonde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído, e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o destino”.
Esse futuro está sendo construído com o apoio de milhares de pessoas, empresas, poder público e organizações da sociedade civil que sonham em constituir um mundo com mais oportunidades de saúde e vida para todas as crianças e os adolescentes do Brasil. Ao trabalharmos juntos, nós nos transformamos e transformamos também as chances de saúde e de vida dos nossos meninos e meninas.
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