Crianças e adolescentes não podem ficar sem educação e cultura

Iniciativas se adaptam às regras de distanciamento social impostas pela pandemia e migram para o ambiente virtual

A pandemia do coronavírus afetou um ponto fundamental da execução das ações educacionais e culturais realizadas no Pequeno Príncipe: a presença. Para reduzir o número de pessoas circulando dentro do Hospital – com potencial de provocar a contaminação dos pacientes, familiares e colaboradores –, as atividades presenciais de educação e cultura foram temporariamente suspensas. “Mas, em um momento de fragilidade como este, levar arte e cultura para a instituição tornou-se ainda mais imprescindível. Por isso, nós adaptamos nossas atividades de muitas formas: vídeos, impressos e podcasts, entre outros formatos, tornaram-se uma maneira de estar junto, mesmo com o distanciamento social”, explica o coordenador do Setor de Educação e Cultura, Cláudio Teixeira.

No caso dos projetos viabilizados por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a Secretaria Especial da Cultura prorrogou a execução de todas as iniciativas ativas, publicando também uma instrução normativa que possibilitava a readequação de execução dos projetos para a realidade atual. As equipes envolvidas com os projetos culturais passaram, então, a buscar novas formas de alcançar o público interno do Hospital Pequeno Príncipe, respeitando os protocolos de segurança que o momento exige.

Dessa forma, muitas apresentações passaram a ser feitas, por exemplo, nas calçadas do Hospital, para que as crianças e os adolescentes pudessem assisti-las das janelas dos quartos, caso do projeto Música no Pequeno Príncipe. Outras iniciativas migraram para o mundo on-line: tornaram-se séries de contação de histórias, como é o caso do projeto Una, Duna, Tena, Catena! Pipocas de Palavras Brincantes.

Educação
O acompanhamento escolar também sofreu os impactos da pandemia. Os professores precisaram trabalhar a distância também com os pacientes do Hospital Pequeno Príncipe. E diante desse novo cenário, a tecnologia foi essencial para garantir às crianças e aos adolescentes o seu direito à educação. Aplicativos de conversa serviram para compartilhar conhecimento.

“Nós continuamos fazendo busca ativa de pacientes em idade escolar, mas sem contato com os meninos e meninas. Abordamos o familiar, anotamos dados e demandas escolares, fazemos contato com a escola de origem, repassamos propostas e materiais enviados pela escola e entregamos propostas de atividades elaboradas por nós, por exemplo. Os professores estão atendendo os pacientes remotamente, via aplicativo de mensagens”, conta Teixeira. 

Uma das iniciativas de destaque foi o lançamento de um Clube de Leitura virtual. Semanalmente, a equipe de educação e cultura disponibilizava, por meio desse canal, um livro em PDF ou uma contação de histórias. Com 452 participantes distribuídos em três grupos divididos por idade, o Clube da Leitura foi responsável por compartilhar 157 obras em 2020. E em 2021, o clube continua ativo.

Pioneirismo
Pioneiro no reconhecimento da educação e da cultura como direitos fundamentais, o Hospital Pequeno Príncipe oferece ações de educação e cultura aos seus pacientes, familiares e colaboradores desde o final da década de 1980, transformando o tempo de internação em uma oportunidade de inclusão sociocultural. “O acesso à educação e à cultura são direitos das crianças e dos adolescentes e a internação não pode ser um impeditivo para que isso ocorra. Em muitas vezes, o internamento é longo, dura muitos meses e até anos. Então, é fundamental que o Hospital dê condições para que os pacientes continuem a sua escolarização e, ao mesmo tempo, que eles tenham a oportunidade de estar em um espaço que seja culturalmente rico e diversificado”, defende Teixeira.  

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