Novo equipamento traz rapidez ao resultado de exames e contribui para salvar vidas

O Complexo Pequeno Príncipe acaba de adquirir um novo equipamento que proporcionará grandes benefícios para a assistência à saúde dos pacientes atendidos no Hospital Pequeno Príncipe. Além disso, incrementará as pesquisas desenvolvidas no Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe. Trata-se do MALDI-TOF, uma tecnologia que acelera e refina as análises microbiológicas.

Na prática, isso significa dizer que com o uso do MALDI-TOF o tempo de liberação do resultado de hemocultura (exame utilizado para diagnóstico de infecções da corrente sanguínea) pode ser reduzido de 48 a 72 horas. “Este tempo é extremamente precioso para pacientes com infecções da corrente sanguínea, para os quais cada hora de atraso no tratamento adequado pode levar a um aumento aproximado da mortalidade em 10%”, explica a pesquisadora Líbera Maria Dalla Costa. Esse equipamento também permite a identificação de micobactérias e fungos de forma muito rápida, o que é um diferencial importante em relação ao método adotado até então e à resolutividade do tratamento.

Estudos científicos têm demonstrado que o MALDI-TOF é uma revolução na Microbiologia Clínica. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções hospitalares atingem cerca de 14% dos pacientes internados no Brasil, além de ser responsável por mais de 100 mil mortes no país todos os anos.

Ao ter acesso rápido ao resultado do exame, com a identificação do agente causador da infecção e o conhecimento dos índices locais de resistência aos antibióticos, os médicos passam a ministrar o tratamento mais indicado. Isso aumenta a segurança do paciente e combate a criação das superbactérias. Um estudo feito pela consultoria KPMG mostra que bactérias resistentes a antibióticos matarão pelo menos 10 milhões de pessoas por ano a partir de 2050 e os custos de tratamento dessas infecções chegarão a US$ 100 trilhões nas próximas décadas.

Em termos de gestão hospitalar, a nova tecnologia trará uma diminuição superior a 90% nos gastos da identificação bacteriana. Além disso, vai proporcionar maior precisão diagnóstica e mais eficiência no tratamento, assim como irá reduzir a solicitação de exames complementares para controle do tratamento, gerando uma diminuição adicional dos custos. E com a maior eficiência no tratamento, haverá a consequente otimização dos leitos hospitalares, com a aceleração da recuperação do paciente e consequente diminuição do tempo de internação.

“A incorporação dessa tecnologia no diagnóstico das doenças infecciosas fortalece as diretrizes institucionais de excelência na atenção à saúde das crianças e dos adolescentes”, enfatiza a pesquisadora Líbera.

O equipamento foi adquirido com recursos provenientes de emenda parlamentar.

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