Uma má formação no sistema urinário fez com que Adailton Rocha de Oliveira, 18 anos, precisasse de atendimento médico especializado logo ao nascer. No entanto, na sua cidade natal, Carlinda, localizada no interior do Mato Grosso, não havia nefrologistas pediátricos. O menino foi, então, transferido para Cuiabá e submetido a uma cirurgia. Mas logo os médicos consideraram necessário transferi-lo para um centro especializado. E assim, aos oito meses de idade, o menino viajou cerca de 2,5 mil quilômetros até chegar ao Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Paraná.
Esta primeira viagem ocorreu no ano 2000. Quem acompanha Adailton desde então é a avó, Aderrozária Batista Dias Rocha. Nesses 18 anos de tratamento, Aderrozária e o neto fizeram da Casa de Apoio do Pequeno Príncipe um segundo lar. “Eu fico mais tempo aqui do que na minha casa. Só de ter na Casa de Apoio o que comer já é muito bom. A gente vem para cá sem nenhum dinheiro. Imagina se não tivéssemos essa comida do Hospital? Aqui temos tudo: tem comida, tem cama, tem banho. Tem os remédios, que consigo pegar de graça”, destaca.
Ao longo da vida de Adailton, foram mais de 20 cirurgias, quase todas feitas no Pequeno Príncipe, até 2016, quando ele fez o transplante renal.
Além do tratamento multidisciplinar que recebe no Hospital – com nefrologistas, cardiologistas, oftalmologistas e cirurgiões, entre outros especialistas –, Aderrozária cita outro cuidado oferecido pelo Pequeno Príncipe, que fez a diferença na vida de Adailton: os estudos.
“Aqui sempre teve estudo para ele. Com o que Adailton aprendia no Hospital, conseguia passar de ano na escola, mesmo ficando muito tempo internado”, conta. Adailton agora está terminando o Ensino Médio e faz planos para o futuro: quer ser enfermeiro ou design de games.
A história de Adailton e Aderrozária foi tema de reportagem da revista Veja. Clique aqui e confira!
Casa de Apoio
A Casa de Apoio do Hospital Pequeno Príncipe foi criada em 2000. Acolhe mães, pais ou responsáveis por pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que residem fora de Curitiba. Oferece seis quartos (totalizando 25 leitos), sala de convivência e multiatividades, banheiros, cozinha e espaço de lazer para as crianças e os adolescentes, além da área administrativa.
Conheça o impacto gerado pela Casa de Apoio em 2017:
– 725 acompanhantes beneficiados
– 272 pacientes beneficiados
– 3.042 diárias oferecidas
– 11.647 refeições servida
Evento marca o início das comemorações pelo centenário do Hospital
Projeto prevê a implantação inicial de um hospital-dia com capacidade para a realização de 800 cirurgias e 3 mil consultas por mês
Desenvolvidas pela indústria farmacêutica em parceria com o Hospital, pesquisas buscam novos tratamentos para doenças complexas
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