Dia Nacional do Combate ao Câncer

Em novembro, marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (23 de novembro), o Pequeno Príncipe relembra o início do atendimento a crianças com câncer e doenças hematológicas na instituição em 1962, quando o tratamento ainda era pouco conhecido.

Na época, chegou ao Hospital, para aprimorar a sua formação, Eurípides Ferreira, um estudante de medicina que mais tarde se tornaria um dos grandes nomes da hematologia no Brasil, responsável pela realização do primeiro transplante de medula óssea feito no país. O encontro desse profissional com as crianças que enfrentavam o câncer impactaria a sua carreira, a estrutura do Pequeno Príncipe e a vida de milhares de pacientes e suas famílias.

Em 1968, o setor foi formalizado, e a equipe, ampliada, com a chegada de novos profissionais, como a médica Flora Mitie Watanabe. Em 2011, foi implantado o Serviço de Transplante de Medula Óssea e o tratamento se complementou.

O serviço cresceu, tornou-se um dos mais importantes e completos do Brasil e em 2023 completa 55 anos, aliando experiência, inovação, conhecimento, formação de novos profissionais e humanização do diagnóstico com terapias inovadoras. Tudo para promover atendimentos resolutivos, que alcançam um índice médio de cura de 74%.

Crianças, adolescentes e famílias de todas as regiões do país encontram no Pequeno Príncipe o cuidado e esperança para mais vida.

Diferenciais do serviço
  • Linha completa de cuidados, com exames de imagem, laboratoriais, genéticos e clínicos, que auxiliam na tomada de decisão para os melhores e mais efetivos tratamentos; quimioterapia, internamento, cirurgia, suporte de UTI, reabilitação e terapias inovadoras, como o Car-T Cell, que ajuda a enfrentar alguns tipos de câncer quando as demais terapias não apresentam resultados.
  • Acompanhamento em mais de 30 especialidades diferentes na área da saúde, que se juntam a experientes oncologistas e hematologistas para dar suporte ao atendimento conforme a necessidade de cada paciente.
O Hospital recebe 100 novos casos por ano. Somente em 2022, foram realizados:
  • 6 mil atendimentos ambulatoriais;
  • 2.500 sessões de quimioterapia;
  • 700 internamentos.
Tipos de câncer mais comuns em 2022 no Pequeno Príncipe:
  • leucemias;
  • linfomas;
  • tumores do sistema nervoso central (cerebrais);
  • neuroblastomas.
Leucemias

Consideradas o tipo mais comum de câncer em crianças, as leucemias são uma doença no sangue, que surge quando os glóbulos brancos (células de defesa) começam a reproduzir-se de forma descontrolada na medula óssea. Isso impede a produção de células normais, tais como: glóbulos vermelhos, levando à anemia; plaquetas, provocando sangramento; bem como células de defesa, com consequente infecção e febre. Além disso, pode haver dor óssea devido à infiltração óssea.

Esse tipo de câncer se divide em dois grandes grupos: leucemias agudas e crônicas. Muitas vezes, os sintomas da leucemia podem ser confundidos com os de doenças comuns da infância. Por isso, é importante que pais e cuidadores fiquem atentos!

Sinais comuns para leucemias em crianças e adolescentes

Além das leucemias, os outros tipos de câncer na infância podem apresentar os seguintes sinais:

  • Vômitos sem náuseas ou diarreia, acompanhados ou não de dores de cabeça (tumores cerebrais).
  • Perda de peso, com aumento/inchaço na barriga (linfomas e neuroblastomas).
  • Dores nos ossos com ou sem inchaço (osteossarcomas e sarcomas).
  • Aumento progressivo dos gânglios linfáticos, associado à palidez e fraqueza (linfomas).
  • Distúrbios visuais e reflexos nos olhos (retinoblastoma).

Cada tipo de câncer apresenta particularidades clínicas, dependendo da localização. Para ter sucesso no tratamento do câncer infantil são fundamentais medidas educativas para o diagnóstico precoce, assim como o rápido encaminhamento para início do tratamento em centros especializados, seguindo protocolos clínicos.

Reconstrução e melhoria do Ambulatório de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea

O local onde os pacientes faziam quimioterapia e consultas foi completamente devastado no último dia 31 de outubro por uma explosão seguida de incêndio. Felizmente, nenhum paciente foi atingido, pois o incidente ocorreu um pouco antes dos atendimentos.

Para manter a assistência às crianças e aos adolescentes que fazem tratamento contínuo, a instituição preparou um espaço alternativo, que foi montado em praticamente 24 horas. Para manter esse local de assistência, bem como para reconstruir e melhorar o Ambulatório de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea, o Pequeno Príncipe promove campanha de captação de recursos da sociedade. A instituição estima que os danos causados pelas chamas sejam de, no mínimo, R$ 5 milhões.

Ajude o maior serviço de oncologia pediátrica do Paraná e um dos mais importantes e antigos do Brasil a continuar levando saúde e qualidade de vida para as crianças e adolescentes.

Junte-se ao Pequeno Príncipe para reconstruir a esperança e transformar este momento desafiador em um ato de solidariedade e amor.