O Hospital Pequeno Príncipe está de luto por conta da realidade de abuso e negligência contra meninos e meninas no Brasil - Hospital Pequeno Príncipe

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O Hospital Pequeno Príncipe está de luto por conta da realidade de abuso e negligência contra meninos e meninas no Brasil

Neste 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, a instituição conta com o apoio de toda a sociedade para combater o problema
18/05/2018


No Brasil, a cada seis minutos acontece um caso de violência contra crianças ou adolescentes. O Hospital Pequeno Príncipe, que há 99 anos trabalha para combater os casos de agressões diversas contra meninos e meninas, está de luto por conta dessa realidade de abuso e negligência.

Neste 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, a instituição quer reforçar a ideia de que o cuidado e a proteção das crianças e adolescentes são de responsabilidade de toda a sociedade, e que em uma atuação conjunta é possível transformar a vida de cada um deles. Somente em 2017, o Hospital Pequeno Príncipe atendeu 607 crianças e adolescentes com suspeita de violência.

Nesse período, a maior parte dos atendimentos, 317, estava relacionada com questões de abuso sexual. “Muitas vezes quem vitimiza é quem deveria cuidar dessas crianças. São pessoas conhecidas dela e da família. Por isso todas as pessoas, como professores, cuidadores, vizinhos, por exemplo, são responsáveis por zelar e denunciar qualquer suspeita”, ressalta a psicóloga responsável pelos atendimentos, Daniela Prestes.

No caso das crianças pequenas, que ainda não sabem se comunicar verbalmente, é de extrema importância que as pessoas próximas percebam mudanças de comportamento, marcas pelo corpo ou indícios de que ela está sofrendo algum tipo de agressão. “Muita gente acha que os pais são ‘donos’ da criança. Mas isso não é verdade. É responsabilidade de toda sociedade proteger estas crianças e adolescentes”, completa a psicóloga.


Campanha
Fortalecendo seu compromisso com a causa da saúde infantojuvenil, desde a década de 1970 o Hospital Pequeno Príncipe mobiliza a sociedade na luta contra a violação dos direitos de nossos meninos e meninas. Além de fazer parte da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência, a instituição realiza há 12 anos a Campanha Pra Toda Vida – A Violência Não Pode Marcar o Futuro das Crianças e Adolescentes.

A iniciativa, inclusive, foi contemplada com o Prêmio Criança 2016, concedido pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente a projetos inovadores voltados à Primeira Infância. O Pequeno Príncipe também tem um site dedicado à ação.

O Hospital Pequeno Príncipe está de luto com essa realidade e o mote da campanha em 2018 é “Não fique em silêncio diante deste problema. Junte-se a nós, denuncie e amplie esta rede de proteção”. A meta é reforçar a ideia de que o cuidado e a proteção das crianças e adolescentes são de responsabilidade de toda a sociedade.

Além disso, em uma atuação conjunta, é possível transformar a vida de cada um deles. A ação destaca também a importância da denúncia, que pode ser feita à Prefeitura de Curitiba, pelo telefone 156; ao Governo do Paraná, pelo número 181; e ao governo federal, pelo Disque 100.

Dados alarmantes
– De acordo com o Disque 100, no Paraná, em 2017,  foram feitas mais de 1.700 denúncias de violência sexual, física e psicológica, entre outras.
– No último ano, o Hospital Pequeno Príncipe realizou o atendimento de 607 crianças e adolescentes por suspeita de violência. A maioria, 317, relacionada à abuso sexual. A própria casa da criança é apontada como o local em que mais acontecem estes abusos, maus-tratos e negligências: 244.
– Em 2017, em 72% dos casos a violência foi praticada por alguém da própria família.
– Das 607 situações registradas, 66,4% envolviam meninas e 30% das crianças tinham até 2 anos.
– Em 2017, 52,2% dos casos eram de agressão sexual; 28,3% de negligência; e 13,3% de violência física.
– Em 28,8% dos casos, não era a primeira vez que o paciente sofria violência e 142 crianças precisaram de internamento hospitalar.

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