Pandemia do coronavírus avança na região Sul e impacta Pequeno Príncipe

Além do aumento dos casos, dois hospitais de Curitiba (Paraná) desativaram alas e UTIs pediátricas, deslocando o atendimento para a instituição

O Brasil é um país de dimensões continentais. Cultura, clima, economia e tantas outras características diferem de região para região, assim como a disseminação do coronavírus (COVID-19). Em algumas partes do país, o número de infectados pelo SARS-CoV-2 já está em estabilização e, até mesmo, declínio, mas na região Sul, onde está localizado o Hospital Pequeno Príncipe, a pandemia encontra-se em curva ascendente e isso impacta diretamente a instituição. Enquanto os dez primeiros casos de COVID-19 chegaram ao Hospital ao longo de 52 dias (entre os meses de abril e maio), os últimos dez chegaram em apenas 11 dias (entre 30 de junho e 10 de julho), mostrando o aceleramento da curva de infectados. 


Somado ao aumento do número de casos, dois hospitais de Curitiba – um público e um privado – desativaram suas UTIs e alas pediátricas para priorizar o atendimento de adultos, já que é esta a população que vem sofrendo a maior incidência de infecção por coronavírus, necessitando especialmente de UTIs. 

“Entendendo seu papel estratégico na pediatria, fizemos um acordo de cooperação com a Secretaria Municipal da Saúde e estamos absorvendo todos os pacientes do Hospital de Clínicas. Isso significa que vamos atender os pacientes das diversas especialidades que faziam seus tratamentos lá e também os eventuais casos de COVID-19”, explica a diretora executiva do Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.

Segundo o diretor técnico do Hospital, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, “no presente momento, o Pequeno Príncipe tem capacidade para atender a demanda de pacientes de COVID-19 e das demais especialidades”. 

Matias Campos Theodoro, 3 anos, é um desses pacientes. Paciente com dermatite atópica, ele precisou de internamento e a equipe do Hospital de Clínicas (HC) que o acompanha direcionou o internamento para o Pequeno Príncipe. “Nessa época de pandemia, a médica nos explicou que o internamento seria aqui. A equipe do Pequeno Príncipe tem sido muito atenciosa, todos estão sempre prontos para nos atender”, avalia a mãe, Ilda Theodoro. 

Cuidados essenciais
O médico infectologista do Pequeno Príncipe, Victor Horácio de Souza Costa Júnior, faz um importante alerta aos pais e cuidadores de crianças. Assim como em todas as outras doenças, ele enfatiza que o diagnóstico precoce faz muita diferença na condução do tratamento e nas chances de cura da COVID-19 em crianças. “Temos visto muitos meninos e meninas chegarem com quadros respiratórios e outras situações já graves, porque os pais tentaram resolver o problema em casa, medicando esses pacientes por conta. Isso mascara os sintomas e pode agravar os casos”, orienta Costa Júnior. 

Até o dia 10 de julho, foram atendidos 274 crianças e adolescentes com suspeita de infecção pelo SARS-CoV-2 e, desses, 31 tiveram o diagnóstico confirmado para COVID-19 (11%). Dos que tiveram a confirmação da doença, cerca de 60%, ou seja, 20 meninos e meninas, necessitaram de internação em UTIs ou em enfermarias. 


No Hospital Pequeno Príncipe, foram criados fluxos de atendimento que separam os pacientes com suspeita de COVID-19 dos demais, garantindo, assim, a segurança das crianças e dos adolescentes atendidos na instituição e de seus familiares. 

Apoio ao Pequeno Príncipe
Mais do que nunca, neste momento de pandemia, o Pequeno Príncipe precisa do apoio de toda a sociedade para continuar oferecendo a melhor medicina para os seus pequenos pacientes e familiares. Para saber como apoiar os projetos de assistência e pesquisa da instituição, por favor, entre em contato conosco pelos e-mails marcelle.silva@hpp.org.br ou carolina.fossati@hpp.org.br.

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