Histórico
O Hospital Pequeno Príncipe foi precursor de política pública na área de prevenção à violência contra a criança. Na década de 70, ortopedistas e pediatras da instituição iniciaram movimento de defesa e mobilização de rede de apoio às crianças e adolescentes vítimas de violência e abuso. A ação foi se estruturando ano a ano e, na década de 90, culminou com o desenvolvimento e implantação de um protocolo de atendimento, que valorizava a humanização do atendimento e a investigação de maus tratos sofridos pela criança.
Descrição da atividade
Hoje, o Pequeno Príncipe integra a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Violência, do município de Curitiba. É o hospital referência para atendimento aos pacientes com até 12 anos, que são atendidos no Setor de Emergência por uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, assistentes sociais e psicólogos. Além do atendimento clínico, o paciente e sua família são encaminhados para acompanhamento pelos Conselhos Tutelares.
Números relevantes
Em 2005, foram atendidas 244 crianças e adolescentes, sendo que algumas delas foram vítimas de mais de um tipo de violência. As agressões estiveram assim distribuídas:
Tipo de agressão | Número de casos | % |
---|---|---|
Agressão sexual | 188 | 65,7% |
Agressão física | 49 | 17,3% |
Agressão psicológica | 38 | 13,2% |
Negligência | 11 | 3,8% |
Total | 286 | 100% |
Destaque
É importante ressaltar que, infelizmente, um muro de silêncio cerca a questão da violência e abuso contra meninos e meninas no Brasil. Há subnotificação dos casos, e muitas vítimas não são encaminhadas aos serviços especializados, chegando até estes centros somente os casos extremos. Em 2005, o Pequeno Príncipe integrou a Comissão Estadual Interinstitucional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescência e realizou palestra sobre o tema na reunião do grupo do governo estadual, onde estavam presentes os responsáveis pelas políticas públicas, como secretários estaduais.